"Se acham que vão me meter medo, esquece", alerta Mauro Savi

O deputado estadual Mauro Savi (PSB), se pronunciou pela primeira vez sobre a busca e apreensão em sua casa e gabinete, na manhã dessa terça-feira (20). Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos, o parlamentar afirmou que “não tem medo da CPI nem do Ministério Público” e que não há novidade nenhuma a ser esclarecida.

Alan Cosme/HiperNoticias

 Deputado Mauro Savi

“Quero dizer aos que estão torcendo [contra] que não tenho medo nenhum da CPI nem do MP. Vou continuar a frente [ da CPI dos Fundos] com as mesmas convicções. Respeitando a todos, mas sem medo nenhum. Tenho ainda um mandato a terminar e vou concluir olhando nos olhos das pessoas”, salientou o parlamentar ao ser indagado sobre sua continuidade a frente da CPI dos Fundos, que tramita na Casa de Leis.

Em seu breve discurso, o deputado afirmou que foi o mais votado nas últimas eleições, recebendo 55.333 votos e que está em seu quarto mandato. Afirma que nada o assusta e que irá responder ao “diz que e acho que dos delatores” na Justiça. “Se tiver que responder a vocês, eleitores, será nas urnas. Agora, se acham que vão me meter medo, esquece”, assevera o parlamentar.

Savi é um dos investigados na Operação Bereré, deflagrada na manhã desta segunda-feira (19). Os policiais do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizaram busca e apreensão na casa do deputado e em seu gabinete na Assembleia.

O Ministério Público Estadual (MPE) aponta que Savi era um dos líderes da organização criminosa que promovia desvio de recursos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O “saque” aos cofres públicos era efetivado por meio de contrato que a empresa FDL Fedúcia, hoje EIG Mercado, responsável por contratos cartorários junto ao Detran, tinha junto a autarquia.

O Estado efetuava pagamento para a empresa e esta, por sua vez, repassava 30% dos valores ao grupo criminoso do qual Savi supostamente faria parte.

No primeiro pagamento da empresa, o deputado teria recebido R$ 750 mil para financiar a campanha eleitoral de 2010, na qual foi eleito deputado.

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