O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB), nega que tenha sido beneficiado com dinheiro ilícito. O nome do parlamentar foi citado pelo empresário Giovani Guizardi, delator da Operação Rêmora, que apura cobrança de propina Secretaria de Estado de Educação (Seduc),
“É muito fácil acusar uma pessoa sem apresentar provas, quero que isso seja esclarecido. Estou à disposição para qualquer esclarecimento e as acusações têm que ser provados, caso contrário eu vou acionar a Justiça contra todas as pessoas que usaram meu nome”, frisou o deputado.
As declarações de Maluf foram feitas durante em entrevista a Rádio Capital FM, nesta quarta-feira (7). O parlamentar ainda ressalta que há contradição no que o empresário diz. “Uma hora ele fala que eu não pedi nada, depois afirma que eu recebia 25% do valor”.
Guizardi afirmou que o parlamentar recebeu recebia 25% dos valores arrecadados com a cobrança de propina dos empresários investigados na Operação.
O delator narrou ao Ministério Público Estadual (MPE) que enquanto esteve atuando como “agente de cobrança” na organização, o grupo arrecadou cerca de R$ 1 milhão. Afirma ainda que viu Maluf saindo com caixa, a qual estaria supostamente parte da propina, no buffet de seu primo, Alan Malouf.
O deputado afirma que nunca teve relação de proximidade com Guizardi e que não se sente responsável pela ação ilícita dos servidores Wander dos Reis e Moises Dias, presos na Operação e acusados de promover as fraudes nas licitações na Secretaria. Os dois foram indicações do deputado.
“Eu participei da indicação de muitos servidores para o governo, isso é comum, mas de forma alguma avalizei a atitude deles e essa história ainda vai mudar muito”, reforça. Os dois ex-servidores estão
O deputado cita que mais de 10 anos de vida pública e sua família está em Cuiabá há mais de 50 anos. “Ninguém está acima da lei, nem a família Maluf ou qualquer outra família. Queremos que tudo seja apurado e esclarecido”, ressaltou.
Distribuição do dinheiro desviado
Conforme a delação do empresário Giovani Guizardi, o deputado Guilherme Maluf ficava com 25% do valores arrecadados ilegalmente, outros 25% eram destinados para o ex-secretário da pasta, Permínio Pinto, que está preso e 25% encaminhado para empresário Alan Malouf, que também é investigado na Operação Sodoma 4.
O valor restante era dividido entre os servidores Fábio Frigeri e Wander dos Reis, que ficavam com 5%. Já Guizardi, que era responsável por intermediar as cobranças entre o grupo de servidores e os empresários, recebia 10% dos valores arrecadados.
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