O vice-governador do Estado, Otaviano Pivetta, negou qualquer indisposição do governo com o MDB. Questionamento veio à tona depois da Operação Suserano, que identificou suposto esquema de corrupção na Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) que estava sob indicação do partido. Perguntado sobre seu afastamento de lideranças do MDB, Pivetta negou relação com o caso, mas frisou que o Estado sempre deixou claro que 'não haveria tolerância' com irregularidades.
As irregularidades teriam acontecido durante a gestão de Luluca, que é emedebista, a partir da compra superfaturada de 'kits agrícolas'. Ele já havia sido exonerado em julho, quando as investigações foram encaminhadas pela Controladoria Geral do Estado (CGE) à polícia. A operação, por sua vez, foi deflagrada no dia 20 de setembro e descortinou um esquema milionário na Seaf.
"Nosso governo não tem compromisso com erro. Se foram percebidos indícios de erros e se foi encaminhado para a CGE, a CGE investigou e deu os encaminhamentos, as consequências disso não dependem da nossa vontade. Eu pessoalmente sinto muito, é muito ruim isso, mas vamos aguardar o desfecho. É o governo cortando da própria carne, da nossa parte nós temos disposição, toda nossa equipe sabe que não há tolerância para mal feito", falou Pivetta.
O vice-governador foi questionado sobre o afastamento entre ele e a deputada estadual Janaína Riva (MDB) que é tida como responsável pela indicação de Luluca após a saída de Teté Bezerra da Secretaria de Agricultura Familiar. Pivetta desconversou, mas destacou que quando o espaço foi cedido ao MDB, os compromissos do Estado foram deixados às claras.
"Foi uma indicação do partido. Quando se concede espaço a um partido no governo, as conversas sempre foram de que não temos compromisso com erro. A a gente sempre deixou claro que nosso compromisso desde 2019, depois de devolver o Estado à sociedade, é manter um Estado austero, com transparência, com respeito ao dinheiro público e assim nós vamos fazer até o fim do mandato", finalizou.
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