A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) suspendeu por tempo indeterminado a exportação de carne Bovina para a China. A medida ocorre porque foram constatados dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença mais conhecida como o “mal da vaca louca”, em Nova Canaã do Norte (700 km de Cuiabá) e Belo Horizonte (MG).
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A suspensão, que passa a valer a partir deste sábado (4), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos. Além disso, após a confirmação dos casos, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi notificada oficialmente.
“Este departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal determina: a suspensão cautelar e temporária da certificação sanitária de carne bovina para a República Popular da China, a partir de 4 setembro de 2021”, diz trecho do documento do Ministério da Agricultura.
Estes são o quarto e quinto casos de EEB atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. O Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássica.
A doença atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. Todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá. Portanto, não há risco para a saúde humana e animal.
Os dois casos de EEB atípica - um em cada estabelecimento - foram detectados durante a inspeção ante-mortem. Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito nos currais.
Após a confirmação, na sexta-feira (3), em Alberta, o Brasil notificou oficialmente à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), conforme preveem as normas internacionais. No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o país e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina. A medida, que passa a valer a partir deste sábado (4), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.
O Mapa esclarece que a OIE exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país. Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos.
Estado monitora
Por meio de nota, encaminhada à imprensa na manhã deste sábado (4), o governo de Mato Grosso esclareceu que monitora a situação e está tomando todas as providências junto ao Mapa.
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