A médica Lúcia Helena Barboza Sampaio, anunciada como a futura secretária Municipal de Saúde (SMS), afirmou concordar com uma nova intervenção na pasta antecipando a gestão do prefeito eleito em Cuiabá, Abilio Brunini (PL). Segundo ela, a equipe teria mais controle sobre a receita e despesas, evitando que pacientes morram. Lúcia Helena disse que a situação na Saúde é "caótica" e um dos motivos são os gargalos na "retaguarda", deixando pacientes em estado grave por longos períodos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) até que haja a liberação de vagas nos hospitais municipais.
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Lúcia Helena acompanhou a comitiva de fiscalização no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) liderada por Abilio nesta quinta-feira (12). De acordo com a médica, óbitos foram registrados no local na quarta-feira (11). As ocorrências serão investigadas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-MT) para entender se foram causadas por negligência, falta de recursos ou causas naturais.
"Queremos garantir que ninguém morra. Nesse momento, não sei. Mas ontem, parece que houveram alguns óbitos aqui. Não sei os motivos. Faleceram pacientes e a responsabilidade é o CRM que vai apurar", falou a médica.
Quando estiver com a "caneta na mão", a futura secretária disse que iniciará um diagnóstico aprofundado sobre a secretaria, procedimento inviabilizado pela gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Conforme Lúcia Helena, a equipe de transição da Prefeitura não está repassando os números.
"A situação é caótica, vamos ter que regimentar um exército pois são muitos os pontos que não estão ideais. As portas estão sem retaguarda. Quando chega, o paciente é atendido, mas fica muito tempo esperando", criticou.
Além das ameaças frequentes de paralisação de terceirizados, o HMC enfrenta um "apagão" de profissionais efetivos. Parte dos médicos aprovados em concursos não estão assumindo devido os baixos salários. Lúcia Helena negou que haverá reajuste ao assumir, sendo que o acertado é a demissão de comissionados. As demais contratações feitas por meio de licitação também devem ser revistas.
"Temos problemas nas especialidades, no centro de especialidade, nas UPAs. Temos que conhecer o problema, fazer um diagnóstico preciso, coisa que não foi possível no período de transição", destacou.
"Nesse momento, não posso falar de aumentar despesas. Tenho que entender minhas demandas e diante do que tenho de receita, tentar otimizar o que é mais urgente. Toda empresa que presta serviço e estiver entregando, serão parceiras; as que não estiverem, não serão", concluiu.
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