O governador Mauro Mendes (União Brasil) lamentou a decisão que liberou Sandro da Silva Rabelo, o 'Sandro Louco', líder do Comando Vermelho em Mato Grosso, do raio de segurança máxima da Penitenciária Central do Estado (PCE) onde ficava em isolamento 22 horas por dia. Mauro destacou que sua gestão tem investido nas forças de segurança com a compra de equipamentos, contratações e modernização do sistema, porém, o Executivo estadual não pode interferir em questões deliberadas pelo Judiciário. Neste caso, segundo Mendes, a alternativa seria revisar as leis que são “frouxas”.
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“Eu lamento, pois, como governador e chefe do Executivo, eu tenho absoluta convicção que nós estamos fazendo tudo o que podemos fazer. O Estado de Mato Grosso tem investido em tecnologia, construímos presídios novos, temos investimentos em armamentos, viaturas, policiais, tudo que era possível nós fizemos e os resultados estão vindo. Mas depois que prendemos é com o Judiciário”, comentou o governador nesta quinta-feira (25).
Mauro defende a estadualização do Código Penal para que os governadores definam como conduzir as penas, as endurecendo quando necessário para combater o crime organizado. O líder do Comando Vermelho, por exemplo, foi preso durante a 'Operação Ativo Oculto'. Seus advogados recorreram a diversas instâncias para que 'Sandro Louco' saísse do raio de segurança máxima até o juízo da 7ª Vara Criminal de Cuiabá flexibilizar a situação.
“Eu sempre reputei (que as leis brasileiras) são frouxas, elas têm a prerrogativa de determinar o que fazer com esse cidadão que está sob a tutela do Estado para cumprir uma pena. Se a lei é a frouxa, a pena é fraca. Judiciário aplica de acordo com a lei e não cabe a mim julgar”, falou o governador.
AR-CONDICIONADO NAS CELAS
Mauro também tem investido na modernização do sistema penitenciário, estimulando o trabalho dos presos. Nesta quarta-feira (24), detentas entregaram 30 mil peças de uniformes confeccionadas dentro da unidade prisional. A iniciativa gerou economia de R$ 750 mil à Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT). Como método de incentivo, Mauro estuda a instalação de ar-condicionado na cela dos reeducandos que trabalham.
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“O preso que trabalhar vai construir melhor condição para ele ficar lá dentro. Tem que trabalhar, tem que produzir lá dentro. Vamos estimular todos a trabalharem. Um preso custa R$ 4 mil reais dormindo o dia inteiro, é isso que vocês querem? Se ele trabalhar, vai produzir muito para a sociedade e o estado. Não podemos ser medíocres de olhar só por um viés. Enquanto a lei não é mudada, tenho que criar estímulos que custem menos para o cidadão e sociedade”, finalizou.
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