O vereador por Cuiabá, Jeferson Siqueira (PSD), cedeu a pressão da base do prefeito eleito Abilio Brunini (PL) e admitiu recuar da candidatura à presidência da Câmara. Segundo ele, ao retornar de missão internacional na Itália pela Câmara dos Deputados, Abilio se dirigiu ao Legislativo para fazer uma reunião com o "G6". Ele diz que os vereadores estão dispostos a apoiar a gestão do prefeito caso ele garanta espaço na Mesa Diretora ao grupo. Isolado pelos bolsonaristas, Jeferson "entregou os pontos" admitindo que "não tem como a gente lutar contra a máquina" e que Abilio inviabiliza a chapa da oposição.
"Está difícil aceitar essa eleição. Todo vereador está inviabilizado com um prefeito como esse, fazendo tratativas ao apagar das luzes. Eu acho que invibiliza qualquer chapa. Não tem como a gente lutar contra a máquina e contra um prefeito com o perfil como esse", disparou Jeferson Siqueira à imprensa nesta terça-feira (10).
Jeferson relembrou as tentativas de Abilio em "desqualificar" sua chapa o associando ao Comando Vermelho e disse que sua família está pânico com o receio da casa ser alvo de uma operaçao pela "denúncia infundada" do prefeito eleito.
"Quando iniciamos o processo de eleição sofremos vários ataques do prefeito Abilio. Ele fez acusações infundadas buscando desqualificar a nossa chapa, rotulando de vários nomes, inclusive, nos associando a uma facção criminosa", falou.
Ao atrelar a chapa da oposição ao CV, Abilio alardeou o segmento político, provocando uma reação por parte do governador Mauro Mendes (União Brasil) que intensificou as ações contra as facções em Mato Grosso lançando o programa "Tolerância Zero ao Crime Organizado". Mendes já havia indicado as tentativas do CV de se infiltrar nas "zonas cinza" da sociedade quando a Operação Ragnatela foi deflagrada pela Polícia Federal, implicando na prisão do vereador Paulo Henrique (MDB), acusado de participar de esquema de lavagem de dinheiro para o Comando. Abilio "surfou" na onda que criou, intensificando o discurso contra Jeferson.
"O Abilio deixou a minha família em pânico. Eu tenho dois filhos para criar. Os meus filhos estão em minha casa em pânico pois a mãe deles não tem mais paz, a minha casa pode ser alvo de uma operação, pois ele ouviu algo nos corredores e quer o meu mal, quer me desqualificar. Imagina o trauma para uma criança em ver o seu pai ser abordado pela policia", expôs o vereador.
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