União Brasil (UB) e o Partido Progressistas (PP) planejam uma fusão entre as siglas a partir do próximo ano. Mesmo em fase de discussão por parte das direções nacionais, o senador Jayme Campos (UB), liderança forte do União em Mato Grosso, já manifestou posicionamento contrário ao modelo. Nesta segunda-feira (24), ele destacou que o União Brasil é fruto de recente fusão entre DEM e PSL, complementando que a nova coalizão seria arriscada no sentido de não contemplar todos os membros. Assim, pediu cautela e debate amplo acerca do tema.
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“Encontram-se bastante avançadas (as discussões), até para formarem uma bela bancada com a possível fusão. Eu acho que tem que ser uma discussão bem ampla. Eu imagino também que não vão fazer goela abaixo. É aquela velha história, os incomodados que se mudem. Se essa fusão, eventualmente, não for feita de uma maneira que certamente possa contemplar todos os deputados, senadores, alguém vai ter que sair. Eu, particularmente, quero ver como vai ser essa formatação”, falou Jayme.
O resultado da fusão PSL-DEM tornou o União um superpartido, com com quase R$ 1 bilhão em fundos públicos. Jayme criticou que houve quem aceitou a união só para ficar mais acomodado. “Eu acho que essa fusão que houve lá atrás entre DEM e o PSL, para nós, foi uma tragédia, porque não houve um diálogo, um entendimento. Porque se percebe que essa fusão foi em detrimento (sic) de interesses isolados de alguns companheiros nossos do DEM, que acharam bem melhor, tendo em vista o fundo partidário, e por ser mais cômodo, fez a fusão. Na minha visão, todos tínhamos a sensação de que poderia ter o maior número de eleitos. Eu, particularmente, confesso que não fiquei satisfeito com essa fusão".
REDUZIR PARTIDOS
O senador Jayme Campos também se mostrou favorável à redução no número de partidos no Brasil, mesmo criticando a possível fusão. Atualmente, o Brasil dispõe de 32 partidos registrados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Nós temos que reduzir o número de partidos no Brasil. A cláusula de barreira já foi um grande avanço, tanto é verdade que vai diminuir alguns partidos. Nós temos que ter no Brasil no máximo 10 partidos. Hoje, virou vários partidinhos, que virou um balcão de negócio. Nós temos que tomar algumas medidas rápidas, aprovar reforma tributária, reforma política. O próprio fundo partidário, que literalmente eu sou contra a transferência de R$ 5 bilhões do fundo partidário. Acho um absurdo dar dinheiro de imposto para candidatos que, muitas vezes, não faz nem bom uso desses recursos que são transferidos, esse pessoal muitas vezes faz proveito próprio”, finalizou.
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