O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez coro com o governador Mauro Mendes (União Brasil) ao afirmar que acredita na reversão da inelegibilidade do pai, o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). Um recurso será avaliado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em nova composição da Corte eleitoral que terá a saída do ministro Alexandre de Moraes e o ingresso de André Mendonça, indicado pelo ex-presidente. Em visita a Cuiabá, o filho de Bolsonaro alfinetou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao disparar que "não convêm" um ex-condenado pelo caso do triplex estar em liberdade e seu pai não poder disputar as eleições por "conversar" com embaixadores.
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"Com certeza, a gente tem esperança que o Bolsonaro vai reverter a inelegibilidade dele dentro do TSE até por uma questão de Justiça. Não convêm você ter uma pessoa que foi condenada pelo triplex do Guarujá e sítio de Atibaia estar na presidência da República, e você ter o Bolsonaro que não pode se quer concorrer porque encontrou com embaixadores", falou Eduardo Bolsonaro nesta sexta-feira (27).
Conforme o deputado, a defesa reuniu argumentos para pleitear a reforma da sentença que retirou do ex-presidente o direito de concorrer a cargos eletivos por oito anos. Os advogados aguardam o vice-presidente do TSE, Kassio Nunes, ser projetado ao comando da Corte para promover um "julgamento mais equilibrado".
"Os motivos corretos para reverter e inelegibilidade nós já temos, falta é ter juízes decentes e com moral pra gente fazer isso, e é o que a gente acredita que ocorrerá. Os sete ministros do TSE serão novos em 2026. Não vai ser mais o Alexandre de Moraes e o 'missão dada é missão cumprida'. Essas pessoas vão sair", provocou o deputado federal.
"Chegarão outros. Kassio Nunes será o presidente e André Mendonça será o vice. Isso não quer dizer que eles vão advogar a favor de Bolsonaro, mas que são muito mais decentes que Alexandre de Moraes. Você pode esperar um julgamento muito mais equilibrado", emendou Eduardo.
PERSEGUIÇÃO À FAMÍLIA BOLSONARO
O filho do ex-presidente pontuou que o investimento de Alexandre de Moraes não é apenas contra o seu pai, mas à família Bolsonaro. Segundo ele, o ministro o escalou como alvo de investigação por "segurar" bandeira de blog argentino.
"Está na cara que é uma baita injustiça, é uma perseguição dirigida por Alexandre de Moraes que, inclusive, selecionou a mim e outros parlamentares a dedo para serem investigados. Vocês não poderiam estar falando comigo pois eu poderia estar preso por segurar a bandeira de um blog da Argentina, esse é nível do Brasil", rechaçou Eduardo.
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