O suplente de deputado estadual e ex-secretário de Estado da Agricultura Familiar (Seaf-MT), Silvano Amaral (MDB), disse que se sentiu "chateado" pelo alto escalão do partido não cogitar seu nome para assumir a cadeira executiva. Nesta semana, o governador Mauro Mendes (União Brasil) confirmou a saída de Teté Bezerra (MDB) da pasta. Mendes aguarda a pacificação do assunto dentro do partido para receber uma indicação e articula com o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) critérios para a troca no staff. O secretário adjunto da Seaf-MT, Luluca Ribeiro, é apontado nos bastidores como a alternativa que mais agrada o diretório emedebista.
Procurado pelo HNT, Silvano falou que soube da mudança por terceiros e que gostaria de ter sido ao menos consultado.
A articulação de projetar Luluca é encabeça pelo presidente estadual do MDB, Carlos Bezerra, e a secretária-geral da sigla, Janaina Riva (MDB). O ex-secretário ligou para ambos e também conversou com outro correligionário, o deputado estadual Juca do Guaraná (MDB), mas em nenhuma das pontas obteve uma "entrada" para galgar espaço pela chefia da Seaf-MT novamente.
Amaral se surpreendeu com a falta de abertura pois, segundo ele, sua busca não era por uma "vaga de emprego", já que está na Assembleia Legislativa (ALMT), mas para "fortalecer a caminhada do partido".
"Eu não estou procurando emprego. Às vezes, as pessoas acham que estou procurando emprego, mas não estou. Coloquei o meu nome à disposição para fortalecer a caminhada do partido. Mas se ao partido entendeu que pode ter lá, a partir da liderança da deputada Janaina, e o próprio Bezerra entendeu que pode o Luluca, não tem problema. Agora, fiquei chateado pela falta de comunicação. Não fui chamado nem para uma conversa. Quando você chama para conversar, você prestigia, você dá atenção, você justifica porque tem que ser o Luluca. O caso é que não fui convidado", especificou Silvano Amaral.
O suplente na AL mencionou a quantidade de votos obtidos nas eleições de 2022 e o seu empenho para impulsionar a campanha do prefeito de Primavera do Leste (239 km de Cuiabá), Léo Bortolin (MDB), pela presidência da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), ao comentar sobre sua crença de que os caciques da sigla levariam os fatos em consideração para inclui-lo nas discussões.
"Até tentei dialogar com o Bezerra e a Janaina, que fazem a discussão, mas já haviam feito essa indicação. Como deputado, a gente ajudou na construção do partido para conjectura de prefeituras, a gente fez 19.800 votos, que ajudaram a ter quatro deputados efetivos. Temos a campanha do Léo Bortolin, que tive uma participação muito ativa, que o levou a presidente da AMM. Tudo isso faz com que a gente se sinta chateado, pois acho que deveríamos estar envolvidos", frisou Silvano.
PLANOS DIVERGENTES À SECRETARIA DA AGRICULTA
Mesmo "chateado" com o episódio, reassuir a Seaf-MT não estava nos planos pessoais e políticos de Amaral para 2024. Durante a entrevista, ele revelou à reportagem que está empenhado em ajudar o deputado Thiago Silva (MDB) em sua campanha à Prefeitura de Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá). Seu interesse pode ser compreendido em um cálculo rápido: caso Thiago vença as eleições municipais, automaticamente, sobrará uma vaga no plenário, aumentando as chances de Silvano se tornar titular na Casa de Leis.
"De qualquer forma, o partido é grande. Tenho sido prestigiado na AL, inclusive, os deputados Thiago, Janaina e o Juca me deram oportunidadede de estar lá, assumindo o mandato. Então, a expectativa é de que a gente continue na AL. Inclusive, temos apoiado o projeto do deputado Thiago Silva. Se tudo der certo, a gente continua como deputado na Assembleia Legislativa", disse o ex-secretário.
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Neco 29/01/2024
Esses indicados de partido, não sabem nada, e pq são indicados quer assumir isso e aquilo. Estamos desse jeito. Não há saída para o País Cada vez pior.
1 comentários