Durante uma diligência externa da Comissão de Meio Ambiente do Senado, realizada nesta quinta-feira (21) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a senadora Leila Barros (PDT) fez um apelo por mais recursos para o combate à crise climática e à preservação do meio ambiente no Brasil. A reunião da comissão, presidida por Leila, teve como foco a avaliação dos impactos da estiagem e dos incêndios no Pantanal.
A senadora criticou duramente o orçamento destinado ao meio ambiente, destacando a disparidade entre o que é destinado a questões ambientais e a outras áreas. "A comissão de Meio Ambiente recebeu quanto em emendas em 2023? 100 mil reais. Isso é vergonhoso! Enquanto comissões como a de Infraestrutura receberam 2 bilhões", afirmou indignada.
Leila ainda enfatizou a necessidade de união entre os senadores: “Posso fazer um compromisso junto aos outros senadores que estão aqui de destinar emenda de combate ao fogo em todo país, mas para isso, precisamos que os demais senadores entenderem a importância da comissão de meio ambiente."
E também elogiou a iniciativa dos senadores de Mato Grosso, Jayme Campos (União), Margareth Buzetti (PSD) e Welington Fagundes (PL), pela realização da diligência, que ela considerou um "pontapé de abertura nacional". "Não dá mais para tratar das emergências climáticas, incêndios, enchentes e secas sem um diálogo amplo, envolvendo não só o Legislativo, mas também o Executivo e o Judiciário", destacou.
A disparidade no orçamento ficou ainda mais evidente quando comparada com a realidade do Corpo de Bombeiros, que, durante a diligência, apresentou uma demanda de mais de R$ 82 milhões para equipamentos essenciais no combate aos incêndios no Pantanal.
A meta de investimento inclui a compra de helicópteros, drones, quadriciclos, bases logísticas e equipamentos de proteção individual para brigadistas, fundamentais para garantir a segurança dos profissionais e a eficácia das operações.
O "pedido de socorro" da senadora foi reforçado pelo deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Avallone relatou a grave estiagem que afetou o Pantanal, citando o esforço extremo para "furar" cinco poços artesianos em menos de 140 quilômetros devido à falta de água na região.
"Os senadores e a bancada federal de Mato Grosso têm ajudado o estado, mas precisamos de mais apoio e investimentos", completou o deputado. Amanhã os senadores irão sobrevoar o Pantanal e conferir de perto o resultado da estiagem no bioma.
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