O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) criticou a concessão de honrarias aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Flávio Dino. De acordo com Cattani, os títulos de Cidadão Mato-Grossense entregues nesta terça-feira (19) foram frutos de uma decisão de "poucas pessoas" da Assembleia Legislativa. Valdir Barranco (PT) é autor dos projetos de lei que propôs as honrarias. À época, as matérias foram votadas em sessão extraordinária da Comissão de Direitos Humanos, sem a participação de Cattani, que era o presidente. Depois, o deputado fez uma nova reunião revogando os atos.
"Essa honraria concedida aos ministros é uma decisão da Assembleia Legislativa de poucas pessoas. Diante desse cenário que é contrário ao regimento da Casa, fizemos dois projetos de leis que anulavam esse ato para ser trazido à Comisão e debater o ato. O meu ato foi feito dentro da legalidade, com reunião da comissão. O meu ato foi invalidado e foi validado o ato que dava o título de Cidadão aos Ministros", falou Gilberto Cattani.
Segundo o deputado, seu telefone não "parou de tocar" desde a entrega das honrarias e, por isso, decidiu se posicionar nas redes sociais. O deputado mencionou os bolsonaristas presos por decisão de Alexandre após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 como um dos motivos por ele ser contrário à postura da AL.
"Tenho o dever de dizer, principalmente, aos meus eleitores e aquelas pessoas que estão sendo perseguidas, que são inocentes e estão presas por conta das suas falas, ações, posições políticas. Muitas, ionluisve, usando tornozeleira e outras sendo condenadas à prisão", disse.
Cattani atribuiu ao fato dos bolsonaristas serem minoria no plenário como um dos fatores que os deixam em desvantagem quando pautas ideológicas são aprovadas.
"O problema é que temos poucas pessoas que possam nos ajudar dentro da Assembleia, neste tipo de situação, na questão ideológica", finalizou.
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