A vereadora por Cuiabá Edna Sampaio (PT) explicou que a exoneração de sua ex-chefe de gabinete, Laura Natasha Oliveira de Abreu, ocorreu por falta de adaptação da servidora às funções de gestora, além de conflitos com a equipe. A afirmação contradiz o depoimento da ex-servidora, que sustentou, durante depoimento à Comissão de Ética da Câmara Municipal, ter sido desligada por estar grávida, passar mal frequentemente e não conseguir corresponder exclusivamente ao mandato.
"No primeiro mês, nós percebemos a dificuldade da Laura, inclusive de compreender o seu papel como chefe de gabinete. Fui sempre a pessoa que pedi aos meus assessores para terem paciência com a Laura e ajudá-la a construir um caminho ali dentro, mas, não deu certo", declarou a vereadora.
As informações foram prestadas ao vivo, em entrevista ao Jornal da Cultura, na manhã desta segunda-feira (26).
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Edna confirmou ser do seu conhecimento a falta de experiência de Laura ao convidá-la para tomar posse do cargo de confiança. Porém, de acordo com a petista, o perfil profissional dela era semelhante ao de outras pessoas da sua equipe, que foram treinadas para atuar em suas funções. O que foi determinante para optar pela demissão foi a falta de liderança e brigas repetidas com outros colegas de gabinete.
“Ela foi exonerada porque não tinha condições de continuar liderando um gabinete extremamente exigido, em que as pessoas passaram a ter um esgarçamento das relações ali. Chegou o momento que, ou eu tinha uma atitude ainda que fosse drástica, ou não iria conduzir meu mandato”, falou a parlamentar.
Durante seu depoimento aos membros da Comissão de Ética, na última quinta-feira, Laura chegou a chorar ao mencionar suposta discriminação por estar grávida. A ex-chefe de gabinete garantiu que, ao demiti-la, a vereadora teria mencionado essa causa como justificativa.
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"Em nenhum momento a equipe ou eu criamos qualquer dificuldade ao fato de ela estar grávida, muito pelo contrário. Ali, à frente do meu gabinete, somos todas mulheres, todas com filhos e enfrentamos a mesma situação. É um absurdo querer imputar pra mim a ideia de uma pessoa perversa, cruel, a que veio pedir clemência e não atendi. Entramos num acordo sobre isso", relatou Edna.
"Não tinha condições de compreensão da própria função de chefe de gabinete para continuar; começou a haver conflitos internos com minha equipe e as essoas começaram a ficar desmotivadas pelas suas funções, pelos seus trabalhos; a Laura é uma pessoa jovem e com muito caminho pela frente, mas um mandato tem início, meio e fim", continou a vereadora, enumerando os motivos que a fizeram optar pela demissão da gestante.
"RACHADINHAS"
Edna Sampaio é investigada na Comissão de Ética por denúncias de supostas "rachadinhas" em seu gabinete. A ex-chefe da equipe da vereadora, Laura Natasha Oliveira de Abreu, expôs o repasse da verba indenizatória para contas ligadas a parlamentar. O caso é apurado pelo do Legislativo cuiabano, cuja Comissão de Ética já ouviu três testemunhas. Os depoimentos seguem nesta semana com a audição de outras duas pessoas, sendo uma delas a vereadora alvo.
CALENDÁRIO DAS OITIVAS
26/06 14h30: diretor do RD News, o jornalista Romilson Dourado
28/06 14h30: vereadora Edna Sampaio
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