Sábado, 21 de Dezembro de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 6,08
euro R$ 6,35
libra R$ 6,35

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 6,08
euro R$ 6,35
libra R$ 6,35

Política Terça-feira, 08 de Outubro de 2024, 14:56 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Terça-feira, 08 de Outubro de 2024, 14h:56 - A | A

INFIDELIDADE

Candidatos a vereador do Botelho fizeram 100 mil votos a mais que ele em Cuiabá

Já em Várzea Grande, Kalil Baracat conquistou apenas 55% dos votos obtidos por seus vereadores. “Infidelidade” ou “falta de casamento” entre votos de proporcionais com majoritários pode explicar as reviravoltas nas eleições de Cuiabá e Várzea Grande  

DA EDITORIA

Estudo feito pelo HiperNotícias com os resultados das eleições de domingo nos dois principais colégios eleitorais do Estado, onde houve reviravoltas na reta final, mostram que uma das causas das derrotas dos candidatos favoritos para prefeito de Cuiabá e Várzea Grande, respectivamente Eduardo Botelho (União) e Kalil Baracat (MDB), pode ser a falta de "fidelidade" dos candidatos a vereador em relação aos majoritários.

Elaboração própria/HNT

Votos

 

Apontado como favorito durante todo o primeiro turno em Cuiabá, liderando todas as pesquisas publicadas, o deputado estadual Eduardo Botelho amargou o terceiro lugar na disputa, conquistando 88.977 votos, contra 90.719 de Lúdio Cabral (PT), que ficou em segundo lugar, e bem longe do candidato do PL, Abílio Brunini, que obteve 126.944 sufrágios em primeiro lugar no primeiro turno.

Enquanto isso, as chapas de vereadores dos partidos e federação que apoiaram Botelho conquistaram 189.045 votos, elegendo 18 dos 27 vereadores da Capital.

Ou seja, os vereadores que o “apoiaram” conquistaram 100.068 votos a mais que Botelho. A chapa de vereadores de Abilio conquistou 58.756 votos e elegeu quatro vereadores. O candidato majoritário conquistou 68.188 votos a mais que seus proporcionais – mais que o dobro. Enquanto Lúdio fez mais de 90 mil votos, seus vereadores atingiram 27 mil  ficando com quatro cadeiras.

O estreante Domingos Kennedy também fez menos da metade dos seus vereadores: 13.805 pra o prefeito contra 24.457 na chapa proporcional.

VÁRZEA GRANDE

O fenômeno se repetiu do outro lado da ponte, na vizinha Várzea Grande. Também líder em todas as pesquisas, o atual prefeito Kalil Baracat levou uma invertida da opositora Flávia Moretti nas urnas.

Kalil amargou o segundo lugar, conquistando 61.005 votos. Enquanto isso, os vereadores da sua chapa conquistaram 109.532 votos, 48.527 a mais. Resultado: Kalil perdeu a reeleição mas elegeu nada menos que 19 dos 23 vereadores do município.

A eleita Flávia Moretti obteve 68.760 votos, enquanto a soma dos seus vereadores atingiu 19.850 sufrágios, suficientes para apenas três cadeiras.

Elaboração própria/HNT

Votos

 

VERBA DEU AUTONOMIA

O professor e cientista político Suelme Evangelista Fernandes concorda que o excesso de confiança de Botelho nos candidatos proporcionais foi um erro.

“Ele repassou a estrutura para os vereadores e não montou uma estrutura própria. Fez uma opção metodológica equivocada. Vereador cuida primeiro de si”, afirma Suelme. Segundo ele, esse modelo pode até funcionar numa eleição de deputado, “mas para cargos majoritários, o prefeito precisa ter sua própria estrutura de mobilização”, observou.

Já o cientista político João Edison argumenta que o fator principal foi a falta de independência dos candidatos. “Os candidatos que dependeram de apoios ou padrinhos não tiveram êxito”, disse ele, citando Botelho em relação a Mauro Mendes, Kalil em relação a Jayme Campos, nas duas cidades, além de Paulo José (PSB) em relação a Zé do Pátio em Rondonópolis e Ademir Goes em relação a Leo Bortolin (UB), em Primavera do Leste.

“Em Mato Grosso o eleitor não votou em candidatos que disseram que estavam alinhados com um líder maior que ele”. Outro fator levantado por Edison é o fato de os partidos transferirem o recurso do Fundo Eleitoral diretamente aos vereadores. “Com isso o vereador não sente mais que o dinheiro é do candidato. Ele se apropria do recurso e foca só nele. Ou seja, o autofinanciamento deu ao vereador uma autonomia a ele em relação ao seu próprio candidato”, analisa João Edison.

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros