O presidente do PSDB em Mato Grosso, Carlos Avallone, negou a carta de saída ao deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) para se filiar ao PL. O parlamentar é parte de federação com os tucanos e corre o risco de perder sua vaga para o suplente. Avallone pontuou que a legislação a respeito de alianças partidárias é nova, mas entende que o político precisou dos votos do PSDB para ocupar a cadeira na Assembleia Legislativa (ALMT) e, portanto, não estaria disposto a liberá-lo.
Avallone só não será um entrave na equação se Faissal conseguir migrar para a sigla bolsonarista sem o aval do PSDB. Segundo Calil, o presidente do Cidadania, Marco Marrafron, estaria de acordo com seu desmembramento.
"A legislação nesse caso de Federação é muito nova. Não sei se o deputado Calil precisa de autorização da Federação ou do PSDB. Talvez ele precise de autorização só do Cidadania. Se for assim, ele disse que já conversou com o Marrafon que é o presidente do Cidadania que vai dar a carta para ele, liberando. Se isso acontecer, o deputado Carlos Avallone não vai dar palpite e não vai entrar nisso", afirmou Carlos Avallone à Rádio Capital nesta segunda-feira (23).
O deputado tucano é contrário a saída de Faissal devido à "fidelidade partidária". Avallone está no PSDB há cerca de 30 anos e não apoia que o colega de AL saia durante o curso do seu mandato eleito com a ajuda da agremiação a qual está filiado e da sigla aliada.
"Se ele precisar da liberação da Federação ou do PSDB, a opinião pessoal do deputado Carlos Avallone é que não vou dar porque sou um cara que tem fidelidade partidária. Não tem sentido uma pessoa se eleger por um partido que tinha características de centro-esquerda, que tinha como líder Roberto Freire, que já foi do PCdoB e agora dizer que sou de exterma-direita. Não concordo com essa posição. Se precisar do PSDB, eu vou colocar isso em votação dentro do diretório e a minha opinião é contra, mas não sei se precisa de liberação nossa", disparou o presidente do PSDB.
Avallone reiterou seu respeito a Faissal Calil e disse que a situação excede questões pessoais. Ele também afirmou que o parlamentar não deve ficar preocupado com sua atuação nos bastidores e sim com os suplentes que podem querer sua cadeira.
"Ele tem que tomar cuidado só com os suplentes dele que podem acioná-lo querendo a vaga", declarou Avallone.
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Edmar Roberto Prandini 23/10/2023
Tendo em consideração que a dinâmica interna dos partidos não é afetada pela federação partidária, não há lógica em exigir fidelidade partidária a todas as agremiações integrantes da federação. Se o partido ao qual o parlamentar está filiado concede-lhe a desfiliação (o que não deveria fazer), não há que a federação requerer a tomada do mandato parlamentar. Mas, a concessão da desfiliação tem sido uma prática que desvaloriza os partidos, o que investe contra o sentido de sua existência. Havendo conflito ideológico irreconciliáveis, o caminho é o pedido de desfiliação pela vida do judiciário e não pela \"solução consensuada\". Porque não é concebível que o irrenconciliável seja objeto de consenso. Trata-se de uma impropriedade lógica ou de partidos de fachada.
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