O presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso (ACSPMBM-MT), o sargento da PM Laudicério Machado, afirmou que as acusações feitas contra ele em boletim de ocorrência não passam de ‘ilações absurdas’ e ‘sem fundamento’. Laudicério foi acusado de agredir uma mulher durante uma festa de casamento realizada no clube social de Várzea Grande, na madrugada de terça-feira (7).
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No documento policial, a suposta vítima, de 31 anos, narrou que a confusão começou quando ambos tiveram uma discussão. A situação se agravou e o sargento teria dado um soco no rosto dela.
De acordo com o policial militar que atendeu a ocorrência, Laudicério havia consumido bebidas alcoólicas e estava muito alterado. Quando os militares chegaram no local, ele já não estava mais lá.
Através de uma nota direcionada à imprensa, o militar contou sua versão do ocorrido. Segundo o pronunciamento, Laudicério foi ao casamento a convite dos noivos, que conheceu no ambiente profissional e a amizade cresceu.
O sargento narrou que começou a conversar com o pai do noivo durante a festa sobre questões profissionais. No entanto, o homem teria começado a fazer ‘cobranças’ indevidas sobre sua vida.
A discussão ficou acalorada e houve tumulto depois que demais familiares do novo foram tirar satisfações com o militar sobre a confusão.
“Houve um tumulto, empurra-empurra e fui me direcionando para sair do local e ir embora da festa, sofrendo empurrões do pai do noivo e seu filho, irmão do noivo. Assim que consegui me desvencilhar deles, fui até meu carro e saí do local”, relatou.
Laudicério também demonstrou descontentamento com alguns veículos da imprensa, que teriam exposto sua vida íntima. De acordo com ele, a exposição causou uma dor imensa.
“É a dor de uma vida e não tenho palavras suficientes pra expressar isso. Além de sofrer violência física e verbal, tem a violência do preconceito”, afirmou.
Por fim, o militar revelou que a situação o deixou abalado psicologicamente pelo ocorrido na festa e pela acusação de agressão. Além disso, ele lamentou o caso e se desculpou aos noivos e à família deles.
LEIA NA ÍNTEGRA
"Venho a público para me manifestar sobre as ilações absurdas e sem fundamentos ao meu respeito. Na data dos fatos na condição de convidado dos noivos, os quais conheci no ambiente profissional e com o passar do tempo se tornaram amigos íntimos e até confidentes. No entanto, é uma parceria que está sendo encerrada o que tem gerado incômodos.
Fui na cerimônia por insistência do noivo, estive na igreja e segui para o salão de festas com os demais. Durante a festa, conversava com o pai do noivo sobre questões profissionais. Ele me fazia cobranças das quais considerei indevidas, tanto pelo meu trabalho quanto pelo ambiente em que estávamos. A discussão foi ficando mais acalorada e os ânimos se exaltando entre nós dois, ao ponto de iniciar um tumulto, pois os familiares do noivo vieram também tirar satisfação sobre toda a discussão.
Nesse momento, eu estava isolado, uma vez que a festa era dos noivos e seus familiares. Houve um tumulto, empurra-empurra e fui me direcionando para sair do local e ir embora da festa, sofrendo empurrões do pai do noivo e seu filho, irmão do noivo. Assim que consegui me desvencilhar deles, fui até meu carro e saí do local.
Ontem tive exposta minha intimidade quando fizeram um boletim de ocorrência expondo minha vida pessoal de foro íntimo espalhada para para toda a imprensa para justificar o que fizeram comigo. A dor que essa exposição me causa, é imensa. É a dor de uma vida e não tenho palavras suficientes pra expressar isso. Além de sofrer violência física e verbal, tem a violência do preconceito.
Confesso que o fato me trouxe profundo abalo físico e psicológico, não apenas pelo que ocorreu na festa, mas pelo absurdo do qual estou sendo acusado. Lamento profundamente o que ocorreu e peço desculpas aos amigos noivos e toda família pela confusão, mas é preciso dizer a verdade".
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