A publicitária Simone Dias Tosato foi presa, em Cuiabá, durante a 'Operação Lesa Pátria', deflagrada nesta quinta-feira (6) pela Polícia Federal. Tosato é uma das integrantes presas nos atos antidemocráticos de ataque às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Ela foi condenada a 13 anos e 6 meses de prisão.
A operação foi deflagrada para capturar mais de 200 participantes dos atos de 8 de janeiro que descumpriram medidas cautelares, como a retirada de tornozeleira eletrônica, ou que fugiram para outros países. Em Mato Grosso, quatro pessoas foram presas nos municípios de Sinop, Sorriso e na Capital.
Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a condenação da publicitária com a justificativa de que, ao pedir intervenção militar, o grupo do qual ela fazia parte tinha a intenção de derrubar o governo democraticamente eleito em 2022. Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), tal pedido se trata de um crime de autoria coletiva.
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Simone embarcou numa saga para ‘proteger o Brasil do comunismo’, como relatou em suas redes sociais, ao fim das eleições de 2022, após perder um filho e ser diagnosticada com depressão. Em novembro, ela ‘se mudou’ para Brasília, acampou em frente ao QG do Exército e passou a publicar conteúdos políticos com mais intensidade, decidida a proteger o Brasil ‘do comunismo’.
Em suas redes sociais, amigos da publicitária tentaram intervir, pedindo para que retornasse para casa e retomasse sua carreira em Cuiabá, porém, os pedidos não tiveram sucesso. Em janeiro de 2023, Tosato foi presa dentro do Palácio do Planalto e ficou na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia) até o mês de agosto. Em seguida foi liberada para voltar para sua casa mediante o cumprimento de medidas cautelares e uso de tornozeleira eletrônica.
Durante a operação desta quinta, a ré foi presa em casa e encaminhada à Polícia Federal.
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