O presidente do Sindicato da Carreira dos Profissionais do Sistema Socioeducativo do Estado (SINDPSS), Paulo César de Souza, cobrou novamente, nesta terça-feira (5), atuações mais duras da Câmara de Cuiabá contra o vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos), acusado de ter matado o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, de 41 anos, identificado pelo apelido de "Japão". O fato ocorreu na última sexta-feira (1°). O afastamento ajudaria a Câmara de Cuiabá a não ser lembrada como a "Casa dos Horrores".
Nesta manhã, os servidores realizaram uma manifestação para cobrar justiça pela morte do agente socioeducativo. Durante o ato, o presidente pediu para que os demais vereadores da Câmara optassem pelo afastamento de Paccola do cargo.
"Viemos com indignação. Ele é um vereador, ele não tem atribuição de polícia e é aposentado. Nós vamos documentar para que siga o regimento da casa em relação ao ato que esse vereador cometeu. O que ele fez é inadmissível para os munícipes cuiabanos. Isso foi uma vergonha pra Cuiabá. Mais uma vez aqui, a gente veio protestar aqui na frente pedindo justiça, que a Câmara retire aquela mácula de todos chamarem de 'casa dos horrores'", afirmou.
O presidente ainda questionou a versão apresentada por Paccola, de que a namorada de Alexandre estava sendo ameaçada, afirmando que agiu no "exercício da legítima defesa própria e de terceiros". Lembrou ainda que as versões apresentadas pelas testemunhas serão investigadas. Uma delas afirmou que Paccola "chegou atirando" contra o agente socioeducativo, porém, apontou ainda que Alexandre havia levantado a arma para o alto a pedido da namorada Janaina Sá.
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"A versão que ele contou foi totalmente ao contrário, né? É esse áudio, ele rodou nos gruposde WhatsApp, né? Mas como milhares de outros áudios, né? Rolaram também. A gente não pode considerar tudo isso como verdade, a gente não pode tomar isso como verdade, porque centenas de áudios, de falas né? Tem várias versões, entendeu? Versão até que um trabalhador falou que em algum momento ele (Alexandre) sacou a arma. Agora, aí os outros falavam que ele já estava com a arma na mão. Então, são várias versões que a gente não pode levar em consideração uma versão falando que essa é a correta, né? Vamos esperar aí a solução da Polícia Civil nesse caso. É um caso muito grave pelas imagens que todos viram, é uma coisa que um um servidor público, um agente público fazer o que ele fez", reforçou.
VERSÃO DA NAMORADA
A companheira do agente socioeducativo também contesta a versão do parlamentar. Segundo versão de Paccola, o disparo ocorreu após ele presenciar Alexandre ameaçando sua esposa com uma arma. Conforme o apurado, Paccola deu voz de prisão, identificando-se como policial e ordenou para que Alexandre soltasse a arma. No entanto, segundo boletim de ocorrência, a vítima teria esboçado uma reação contra o parlamentar e foi alvejado no local.
Janaina, no entanto, diz que Paccola já chegou atirando.
“Eu parei para um xixi aqui na porta da ASD (empresa de serviços tercerizados), e por azar do dia, Pacolla estava aqui no Bebida, Gelo e Carvão. Eu parei para fazer um xixi aqui na rua porque a gente ia no Choppão. Como a empresa é aqui, eu desci meio um pouquinho na contramão e parei o carro. Fiz o xixi e aí ele (Alexandre) veio fazer a cobertura porque a rua é deserta, né. Pacolla saiu da distribuidora de lá para cá já atirando nele. E não teve confusão de trânsito, Pacolla atirou nele”, declarou Janaina em áudio encaminhado pelo Sindicato dos Profissionais do Sistema Socioeducativo.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Janaina aparece emocionada, reforçando que não houve ameaça e que a arma do agente estava na cintura, contestando outra versão de Paccola, que informou que a arma estava na mão da vítima.
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ROBERTO 05/07/2022
Cara bêbado, com arma em punho, não me parece uma boa causa pra acusar alguém..
1 comentários