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Polícia Quinta-feira, 20 de Março de 2025, 16:48 - A | A

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Quinta-feira, 20 de Março de 2025, 16h:48 - A | A

EM ANDAMENTO

Polícia investiga formação de milícias nas forças de segurança de MT

Suspeita de formação de milícias veio à tona depois que quatro policiais militares foram presos por envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery, em julho de 2024

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

A Polícia Civil afirmou que já possui investigações sobre formação de milícias em Mato Grosso. A informação foi concedida pelo delegado Rodrigo Azem durante coletiva de imprensa sobre a operação Falso Profeta, deflagrada nesta quinta-feira (20).

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Contudo, para não atrapalhar as apurações, a autoridade policial preferiu não dar detalhes sobre o caso.

“Essa situação está investigada. Temos investigação em curso, mas, no momento para que não haja prejuízo ao colega que está a frente ao caso eu vou me reservar e não falar a respeito”, informou Azem à imprensa.

As milícias são grupos armados que atuam de forma paralela às forças de segurança do Estado. Podem ser formadas por agentes ou ex-agentes do Estado, como policiais, bombeiros e guardas penitenciários, ou por civis. 

A suspeita de formação de milícias veio à tona depois que quatro policiais militares foram presos por envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery, em julho de 2024.

Os militares são suspeitos de integrarem um grupo de extermínio. Três deles foram indiciados pelo Ministério Público no âmbito da Operação Simulacrum, em que forjavam confrontos e estavam envolvidos em delitos patrimoniais.

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OPERAÇÃO FALSO PROFETA

Ao todo, são cumpridas 30 ordens judiciais, sendo sete mandados de prisão preventiva, nove de buscas e apreensão, duas determinações de proibição de exercício de atividade econômica de empresas, cinco sequestro de veículos e sete bloqueios de contas bancárias, que podem chegar ao valor de R$ 1,5 milhão.

O esquema foi descoberto através de denúncias anônimas e funcionava da seguinte maneira: Os membros da facção criminosa criaram um grupo no Whatsapp, com cerca de cem membros, onde coagiam e obrigavam os comerciantes a aderirem ao ‘projeto’.

Com isso, as vítimas eram obrigadas a pagar R$ 1 por cada galão de água adquirido, independentemente de ter sido vendido, ao Comando Vermelho. Ou então, deveriam comprar água apenas das distribuidoras autorizadas pelo grupo.

Se eles se recusassem, os faccionados ameaçavam atear fogo nos estabelecimentos comerciais ou aplicar salves, que são sessões de espancamento promovida por facções criminosas.

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