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Polícia Sábado, 29 de Março de 2025, 13:58 - A | A

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Sábado, 29 de Março de 2025, 13h:58 - A | A

LUCRO DE R$ 60 MILHÕES

Operação Safe Truck: Criminosos conseguiam reprogramar módulos de caminhões para revenda

Estima-se que os bandidos tenham feito cerca de 120 vítimas em Mato Grosso desde 2022, quando começaram as investigações. Neste período, o grupo movimentou aproximadamente R$ 60 milhões em produtos furtados e roubados

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

A quadrilha de ladrões especializada em roubos e furtos de módulos de caminhões, que foi desmantelada no âmbito da Operação Safe Truck, desenvolveu um método próprio para resetar e recodificar o equipamento, que só pode ser utilizado, teoricamente, em veículos específicos. Além disso, os bandidos miravam marcas conhecidas para facilitar a revenda.

Conforme explicou o delegado Romildo Nogueira, em coletiva de imprensa na quinta-feira (27), entre os 30 membros identificados da quadrilha, dois deles eram programadores e possuíam o conhecimento para redecodificar os módulos.

“O módulo de caminhão só funciona para determinado veículo, mas havia dois membros na organização criminosa que faziam o reset desse módulo. Eles resetavam e o equipamento ficava praticamente de fábrica. Com o reset desse módulo, os criminosos instalavam em outro veículo e faziam a decodificação”, explicou a autoridade policial.

Estima-se que os bandidos tenham feito cerca de 120 vítimas em Mato Grosso desde 2022, quando começaram as investigações. Neste período, o grupo movimentou aproximadamente R$ 60 milhões em produtos furtados e roubados.

Segundo a Polícia Civil, a quadrilha era dividida em três núcleos: o dos membros que praticavam os roubos e furtos, os que vendiam e as empresas receptadoras, em sua maioria localizada em outros estados. Os roubos e furtos eram aproveitavam a vulnerabilidade dos caminhoneiros e cometiam os crimes enquanto eles estavam dormindo em postos de gasolina de Mato Grosso.

“O principal modus operandi era durante o descanso do caminhoneiro à noite. Geralmente, eles procuravam um posto de combustível em cidades que tem grande trânsito, como Campo Verde, Rondonópolis e Sinop. Enquanto as vítimas estavam no período de descanso, os criminosos iam até o caminhão, geralmente três, quatro pessoas, subtraíam a peça e fugiam para Cuiabá. Até a vítima perceber que a peça tinha sido furtada, já era outro dia, dificultando o trabalho da polícia em localizar os responsáveis”, detalhou o delegado.

Esse tipo de peça é avaliada em cerca de R$ 100 mil, mas os bandidos vendiam por R$ 15 mil. Inclusive, uma das vítimas de furto chegou a comprar o próprio módulo, que havia sido levado pelos criminosos e revendido em uma empresa.

Ao todo, foram cumpridas 120 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) da Capital, sendo cumpridos 20 mandados de prisão preventiva, 46 de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares como bloqueios de contas bancárias e sequestro de veículos. 

Entre os alvos identificados nas investigações, estão empresas localizadas em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. O grupo criminoso também conta com ramificações nos Estados de Rondônia, Paraíba, Santa Catarina e São Paulo.

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