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Polícia Sexta-feira, 13 de Janeiro de 2023, 12:03 - A | A

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Sexta-feira, 13 de Janeiro de 2023, 12h:03 - A | A

CIRURGIAS PLÁSTICAS

Médicos são indiciados por homicídio culposo pela morte de Keitiane em clínica de Cuiabá

Advogado da família disse que o inquérito civil deixa claro que houve negligência médica de cirurgião e anestesistas

CLARYSSA AMORIM
Da redação

O cirurgião plástico Alexandre Rezende Veloso e os médicos anestesistas Klayne Moura e Christiano Camargo foram indiciados por homicídio culposo no inquérito civil que apurou a morte de Keitiane Eliza da Silva, de 27 anos, após realizarem três procedimentos cirúgicos plásticos na paciente com sequelas da covid-19. A informação foi prestada pelos advogados da família, acrescentando que a equipe médica deixou a paciente oito horas “aberta”, sem nenhum suporte para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), aguardando ser transferida para o Hospital Santa Rosa.

Keitiane morreu no dia 14 de abril de 2021, algumas horas depois de fazer vibrolipoescultura, abdominoplastia e reparo de mastopexia no Hospital Valore Day, no bairro Santa Rosa, em Cuiabá. O médico que realizou a cirurgia foi Alexandre, juntamente com a equipe de anestesistas e enfermeiros da clínica.

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Segundo o advogado Marciano Nogueira Silva, Keitiane recebeu um diagnóstico de covid e, com isso, a cirurgia foi remarcada 22 dias após ela contrair o vírus. O advogado explicou que a equipe médica não se interessou em exames pós-covid de Keitiane, inclusive ela estava com broncopneumonia.

“Ficou comprovado que houve negligência médica por parte desses médicos ao longo do procedimento. O inquérito foi concluído basicamente em cima do fato de que não foi obedecido o tempo mínimo de espera pra realização de cirurgia, após ela ser diagnosticada com covid-19. Keitiane apresentou alguns sintomas, inclusive comprometimento pulmonar, que ficou demonstrado através da radiografia do tórax no dia 1º de abril, solicitada pela própria equipe médica do pré-operatório”, explicou Marciano.

O advogado disse que, no inquérito, foi constatado choque hemorrágico por coagolopatia como a causa da morte de Keitiane. Durante o procedimento, a vendedora passou mal e o cirurgião plástico Alexandre precisou providenciar uma vaga em hospital. A família não tinha condições de pagar uma UTI em hospital particular e todo o custo foi pago pelo próprio médico, segundo o advogado da família.

A clínica não possuía nenhuma estrutura para atender pacientes com intercorrência em cirurgias plásticas. Segundo o advogado Maciano, a equipe médica tem o conhecimento de que uma paciente pode precisar de um atendimento em UTI, por exemplo, pois pode haver complicações como qualquer outra cirurgia.

Divulgação

advogados keitiane

 

“Keitiane ficou, por pelo menos, oito horas em estado de choque, estado grave, nas dependências da clínica aguardando para ser transferida por uma unidade apta e, infelizmente, depois de muito aguardar, já foi transferida em um quadro irreversível. Naquele momento, tinha uma recomendação do Conselho Regional de Medicina para que não fossem realizadas cirurgias eletivas, por conta da pandemia, que estava deixando os hospitais lotados e sem vagas. Memso com todo esse cenário, de escassez de vaga em hospitais, ela, com comprometimento pulmonar e após 22 dias de covid, eles entenderam que Keitiane estava apta a passar pelos procedimentos”, disse.

O advogado finalizou informando que, agora, espera que o Ministério Público Estadual (MPMT) faça a denúncia criminal contra os três médicos. Em relação ao exercício profissional, o advogado disse que espera que o Conselho Regional de Medicina (CRM) aplique a devida penalidade disciplinar de cada um dos profissionais.

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