O delegado da Polícia Civil José Getúlio Daniel afirmou que uma reconstituição do assassinato de Genuir de Barros, 67 anos, e Marcelo de Barros, 37 anos, deverá ser solicitada para esclarecer o crime. Pai e filho foram mortos pela gestante de 8 meses Bruna Feslk, de 26 anos, que alegou ter cometido o crime para defender a família.
"O principal objetivo da Polícia Civil neste momento é esclarecer todos os fatos e todos os crimes ali realizados e indicar a autoria de cada fato ali. Existe um número muito grande de crimes e pelo menos oito participantes, seja como suspeito, vítimas ou testemunhas. Possivelmente, será necessária uma reprodução simulada lá no local", afirmou o delegado.
Durante o primeiro interrogatório ao delegado, na segunda-feira (24), Bruna afirmou que seu marido, identificado como Rodrigo, começou a ficar estranho após descobrir a gravidez, no mês de abril deste ano.
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Segundo ela, o companheiro "ficou distante, não parecia feliz com a gravidez" e, então, conversaram sobre o assunto e o marido negou as suspeitas.
Já no mês de setembro, Bruna encontrou mensagens trocadas entre o marido e uma suposta amante. Rodrigo acabou confessando o relacionamento extraconjugal, mas o casal decidiu "passar a borracha" na traição.
Entretanto, há cerca de duas semanas, Rodrigo e a suposta amante retomaram a troca de mensagens. Durante o interrogatório, a acusada afirmou que entrou em contato com a amante do marido por meio de redes sociais para discutirem sobre um possível envolvimento amoroso entre os dois.
No sábado (22), Bruna foi até a residência da mulher acompanhada de seus pais. No local, também estavam os pais e o irmão da suposta amante. Genuir, pai da mulher com quem Rodrigo tinha um caso, foi o primeiro a sair da residência e chamou pela esposa, que apareceu bastante alterada, xingando Bruna de "vagab****".
Nesse momento, o marido de Bruna chegou à propriedade e tentou colocá-la na caminhonete para irem embora. Porém, a acusada afirmou em interrogatório que, ao irem para o veículo, Marcelo, irmão da suposta amante, agrediu a mãe dela e bateu a porta do carro na mulher.
Na sequência, Marcelo teria desferido um soco no rosto de Bruna, que caiu no chão. O pai da acusada pegou um facão no carro para proteger a filha e Marcelo partiu para cima dele.
Para proteger o pai, Bruna pegou uma arma que estava no carro e atirou em Marcelo. Com tiro, Genuir foi na direção da acusada que efetuou outro disparo, atingindo o idoso. Com os ferimentos, ambos acabaram morrendo.
Após o fato, Bruna afirmou que saiu do local, tirou o pente da arma e jogou em um rio e que durante a confusão ela estava "cega e desesperada".
Depois de ter prestado depoimento por quatro horas, Bruna foi liberada. O delegado José Getúlio Daniel, responsável pelas investigações, afirmou que o caso é "sensível" e que os motivos dos assassinatos ainda estão sendo investigados.
“Ainda estamos investigando quais que são os motivos e os meios de execução para a realização desses fatos criminosos. Foram realizadas as perícias necessárias e estamos reunindo as provas. Certamente é uma investigação sensível, que deverá ser realizada com toda diligência, com calma, para podermos apresentar a veracidade dos fatos. São muitos envolvidos e certamente com a investigação poderemos entregar esses fatos esclarecidos”, explicou o delegado.
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