Completando dois meses do assassinato do sargento da Polícia Militar, Odenil Alves Pedroso, neste domingo (28), o assassino segue à solta. Mesmo com recompensa de R$ 10 mil e uma força-tarefa montada, Rafael Amorim de Britto, de 28 anos, autor do crime, ainda não foi encontrado pelas autoridades.
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Pela semelhança com o caso do criminoso Lázaro Barbosa, serial killer que matou quatro pessoas da mesma família em Ceilândia, Goiás, no dia 9 de junho de 2021 e driblou as forças de segurança em uma perseguição que durou 20 dias, Rafael ganhou a alcunha de ‘Lázaro Cuiabano’, por estar há dois meses escapando das mãos da polícia. No caso do verdadeiro Lázaro, o serial killer acabou morrendo.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Mendes, afirmou que a força-tarefa montada está verificando todas as denúncias. Ele acredita que Rafael não conseguirá ficar escondido por muito mais tempo.
“Tenho certeza que ele não via conseguir ficar escondido por muito tempo. Acredito que tem um grupo criminoso o protegendo, mas logo que ele cometer a primeira falha, vamos captura-lo”, prometeu o coronel, durante o lançamento do programa Vigia Mais Motorista, nesta terça-feira (23).
Mendes reiterou acreditar que Rafael tem sua fuga patrocinada por uma facção criminosa. Isso porque, quando as autoridades interceptaram o último esconderijo do assassino, descobriram que o grupo estava pagando uma família para esconder o atirador em uma gleba de Juscimeira (157 km de Cuiabá). Apesar de encontrarem o covil do autor do crime, as forças de segurança não conseguiram capturá-lo.
O CRIME
O sargento Odenil Pedroso foi morto com um tiro na cabeça nas imediações da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Morada do Ouro, em Cuiabá, no dia 28 de maio. Ele estava lanchando quando foi surpreendido por Rafael, que chegou em uma motocicleta e efetuou os disparos.
Odenil foi socorrido às pressas e encaminhado em um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC). No entanto, ele não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu durante um procedimento cirúrgico.
PRISÃO
Até o momento, apenas um criminoso foi preso. Em depoimento à polícia, Pedro Henrique Pereira dos Santos Silva, de 32 anos, confessou ter dado apoio à fuga de Rafael Amorim.
Ele foi preso no dia 9 de junho e alegou ter ajudado o atirador a pedido de uma das lideranças da facção criminosa Comando Vermelho, identificado apenas como “DG”, que também está sendo procurado pelas forças de segurança por participação no homicídio do militar, que levou Rafael até uma região de chácaras na Capital.
Pedro Henrique foi encontrado depois que equipes da Força Tática receberam informações de que um veículo Chevrolet Ônix, utilizado para dar apoio à fuga de Rafael Amorim, estava estacionado na frente de uma casa do bairro Novo Paraíso.
A Polícia Civil investiga o crime como latrocínio, uma vez que Rafael tem histórico criminal por roubo de armas.
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