O mercado de publicidade e comunicação de Cuiabá está apreensivo com a decisão do prefeito eleito, Abílio Brunini (PL), de cancelar a licitação em andamento para contratação das agências de publicidade que vão atender a municipalidade a partir de 2025, no valor de R$ 44 milhões.
O processo de licitação encontra-se na fase final, que é abertura das propostas de preço. Foram classificadas na fase mais importante, que são as propostas técnicas, as seguintes agências:
1º. DMD / Grupo Gazeta; 2º. Logos; 3º. Imagine; 4º. Art &C; e 5º. Renca
Esse deverá ser o resultado definitivo da licitação, já que é tradição que todas as agências empatam no preço, porque dão o desconto máximo permitido.
Segundo a coluna apurou, as motivações do prefeito eleito seriam basicamente duas, sendo uma delas absolutamente falsa: a) que o contrato seria por 10 anos (falso, já que os contratos só podem ter vigência de 12 meses); e b) que beneficiaria duas agências que ele não gostaria de contemplar: a DMD, do empresário Joáo Dorileo Leal, seu desafeto; e a Renca, devido a um suposto vínculo com o Neto Monreale Jr, atual chefe de gabinete de Emanuel Pinheiro, e cunhado do proprietário da agência, João Barros.
Oficialmente, o jornalista Max Aguiar, futuro secretário Adjunto de Comunicação, admitiu para a coluna que Abílio quer anular a licitação. "Ele vai fazer de tudo para cancelar essa licitação, e vai buscar orientação no Ministério Público e no Tribunal de Contas", frisou Max.
Caso cancele, anule ou interrompa a atual licitação, Abílio corre o risco de ficar o primeiro ano do seu mandato sem fazer publicidade e propaganda, já que os atuais contratos da prefeitura estão no último aditivo de prazo e o tempo de realização de um certame iniciado do zero é de no mínimo 8 meses, segundo a tradição local.
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