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Negócios Quarta-feira, 31 de Agosto de 2022, 10:25 - A | A

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Quarta-feira, 31 de Agosto de 2022, 10h:25 - A | A

SETEMBRO AMARELO

Depressão não é a única causa do suicídio: saiba observar os sinais

O diálogo é uma das formas mais eficientes de prevenção contra o suicídio. Procure ajuda.

REDAÇÃO

No período de isolamento da pandemia da Covid-19, o índice de pessoas diagnosticadas com transtornos psicológicos cresceu. No entanto, é bom lembrar que transtornos como a ansiedade ou a depressão, não são os únicos motivos para o suicídio.

É o que afirma o médico psiquiatra, Dr. Antônio Carlos Carvalho Reiners, que atua na área clínica desde 1981 e conta que existem outras causas como eventos traumáticos ou situações de extremo estresse – que nem sempre apresentam sinais. “É muito difícil que a pessoa se ajude sozinha, por isso é importante que familiares e amigos observem e façam essa intervenção – acompanhando a pessoa até um especialista e dando o apoio necessário”, defende.

Para o médico, alguns casos de suicídio podem ser evitados quando pessoas próximas observam sinais como isolamento, irritabilidade, desinteresse por tarefas corriqueiras, tristeza excessiva e a ameaça verbal de suicídio.

No Brasil, a incidência de casos se tornou ainda mais alarmante durante o isolamento social do período pandêmico. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 45 minutos uma morte por suicídio é registrada no país.

Diálogo ajuda na prevenção

Ainda segundo a OMS, 90% dos casos de suicídio podem ser evitados e um dos principais meios de prevenção é o diálogo. As tendências apontam a falta de interesse em atividades simples, isolamento ou ainda a melhora repentina – como um alívio, que pode indicar que a pessoa já está decidida a atentar contra a própria vida, devem ser levados a sério. “Acontece que quem comete suicídio, não quer fazer os outros sofrerem, mas acabar com o próprio sofrimento. Essa vulnerabilidade pode ser contínua e se repetir várias vezes, por isso o tratamento é tão importante”, comenta Dr. Reiners.

É necessária a ajuda de uma rede de profissionais, como um médico psiquiatra para auxílio medicamentoso, um profissional da psicologia e um grupo de apoio – para melhora gradual e eficiente. “Quem faz a ameaça verbal de suicídio não está blefando ou querendo chamar atenção, mas reunindo forças. Não tratar como frescura ou fraqueza pode ajudar salvar muitas vidas”, afirma o médico.

Em caso de emergência ou se precisar falar com alguém, ligue 188. Busque ajuda profissional.

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