"Esse cara (Biden) andou por aí dando perdões a todo mundo, e, você sabe, o engraçado - talvez o triste - é que ele não deu um perdão a si mesmo. E, se você olhar, tudo tinha a ver com ele", declarou Trump.
Os perdões presidenciais a que Trump se refere estão previstos na Constituição dos EUA e são utilizados para prevenir ou anular qualquer pena consequente de uma condenação. É comum que os presidentes americanos faça uso dos perdões no fim do mandato contra condenados - há quatro anos, Trump também o utilizou antes de terminar seu primeiro governo -, mas os últimos perdões de Biden foram concedidos a pessoas que sequer eram investigadas.
O democrata justificou os perdões como forma preventiva de evitar uma perseguição política de Trump contra pessoas que o investigaram nos últimos quatro anos ou pessoas próximas a ele. "A emissão dos perdões não deve ser confundida com um reconhecimento de que qualquer indivíduo se envolveu em qualquer delito, nem a aceitação deve ser mal interpretada como uma admissão de culpa por qualquer delito", disse em uma declaração. "Nossa nação tem com esses servidores públicos uma dívida de gratidão por seu compromisso incansável com nosso país."
À Fox News, Trump relembrou os processos judiciais nos quais enfrentou nos últimos quatro anos, que envolvem uma condenação por falsificação de registros de negócios para encobrir um pagamento secreto para comprar o silêncio em 2016 da atriz pornô Stormy Daniels. Durante esse período, ele e seus apoiadores chamou esses processos de perseguição política.
"Bem, eu passei por quatro anos de inferno por essa escória com a qual tivemos que lidar. Eu passei por quatro anos de inferno. Gastei milhões de dólares em honorários advocatícios e ganhei, mas fiz isso da maneira mais difícil. E é muito difícil dizer que eles não deveriam ter que passar por tudo isso. Então é muito difícil dizer isso", declarou.
O presidente também foi questionado se gostaria que o Congresso americano investigasse Joe Biden, como o fez contra ele no caso da comissão do 6 de janeiro. "Acho que deixaremos o Congresso decidir", afirmou. Ele tem a maioria na Casa legislativa, assim como no Senado.
(Com Agência Estado)
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