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Segunda-feira, 13 de Janeiro de 2025, 13h:00 - A | A

Suécia manda navios militares ao Báltico e diz que não está em paz e nem em guerra

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

A Suécia anunciou neste domingo, 12, o envio de três navios de guerra para o Mar Báltico como parte de um esforço da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para aumentar a presença naval na região. A decisão tem o objetivo de inibir casos de sabotagem da infraestrutura subaquática, um mês depois de cabos submarinos terem sido rompidos no Báltico.

Segundo o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, a Suécia não está em guerra, mas também não está em uma situação de paz. O país entrou na Otan em março do ano passado junto com a Finlândia, após abandonar décadas de uma política de neutralidade militar em resposta à guerra na Ucrânia, que aumentou o temor de ameaças expansionistas da Rússia. Essa é a primeira contribuição da Suécia como integrante da aliança.

O Exército sueco também vai contribuir com uma aeronave de vigilância, informou o governo. A guarda costeira do país irá contribuir com quatro navios para monitorar o Báltico e outras sete embarcações estão de prontidão.

Em uma coletiva de imprensa neste domingo, Kristersson citou a ameaça de ataques híbridos na região, que envolvem os casos de sabotagem. Desde 2013, pelo menos dez cabos submarinos, responsáveis por ligar os países nórdicos e bálticos à Europa Central em áreas de comércio e energia, foram danificados.

"A verdadeira paz requer liberdade e a ausência de conflitos sérios entre países. Nós e nossos vizinhos estamos expostos a ataques híbridos, realizados não com robôs e soldados, mas com computadores, dinheiro, desinformação e o risco de sabotagem", declarou o premiê, de acordo com a agência de notícias sueca TT.

Pelo menos dois incidentes envolveram navios acusados de arrastar as âncoras no Báltico. Em dezembro, a polícia sueca começou a investigar o rompimento de um cabo entre a Finlândia e a Estônia e passou a suspeitar de um navio registrado nas Ilhas Cook com o nome de Eagle S, que carregava petróleo russo. Além dos três países citados, a Alemanha e a Lituânia também afirmaram que foram prejudicadas pelo incidente.-

Além do reforço militar no Báltico, a Suécia tem buscado aumentar a segurança terrestre. No dia 9, o ministro de defesa do país, Pal Jonson, anunciou a compra de 44 tanques Leopard 2, de fabricação alemã, para modernizar o arsenal do Exército. Trata-se do maior investimento militar do país neste século, no valor de 1,9 bilhão de euros (R$ 12 bilhões, na cotação média da moeda nos últimos 30 dias).

(Com Agência Estado)

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