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Mundo Domingo, 26 de Janeiro de 2025, 07:00 - A | A

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Premiê atrasa volta de civis ao norte de Gaza

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

O escritório do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou neste sábado, 25, que não permitirá a volta de palestinos para o norte da Faixa de Gaza até que o Hamas liberte Arbel Yehud, uma civil que Israel acredita estar viva.

"Cumprindo o acordo, Israel não permitirá a passagem dos moradores para o norte da Faixa de Gaza até que a libertação de Arbel Yehud, que deveria ter acontecido hoje (ontem), possa ser providenciada", afirmou o gabinete de Netanyahu, em comunicado.

Uma fonte da Jihad Islâmica, que mantém Yehud em cativeiro, confirmou que ela está viva e disse que ela será libertada no próximo sábado. De acordo com o documento de cessar-fogo assinado por Israel e Hamas, as mulheres civis deveriam ser libertadas antes das militares, o que não aconteceu ontem, quando o Hamas soltou as quatro soldados.

O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, disse que o grupo terrorista violou o acordo de cessar-fogo. "O Hamas não cumpriu as obrigações de libertar as mulheres civis primeiro." Ele apontou ainda que Israel espera que Arbel Yehud seja libertada logo, assim como Shiri Bibas e seus dois filhos, Ariel e Kfir.

Segurança

O site de notícias Walla, citando uma autoridade israelense, informou que Netanyahu havia pedido ao governo americano que exigisse que Catar e Egito pressionassem o Hamas para libertar Yehud, Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, segundo o jornal Times of Israel, confirmou o esforço diplomático dos EUA. "Continuaremos a pressionar pela libertação de Yehud por meio dos canais de negociação", disse.

A decisão de atrasar o retorno de moradores para o norte de Gaza teria sido tomada durante consultas de segurança realizadas por Netanyahu na noite de sexta-feira, logo depois que o Hamas divulgou os nomes das soldados que seriam libertadas. A reclamação só foi formalizada ontem para não prejudicar a libertação das quatro jovens. O anúncio também significa que Israel não pretende se retirar de parte do Corredor de Netzarim, conforme estava programado.

Troca

Israel calcula que entre um terço e metade dos mais de 90 reféns que ainda se encontram em Gaza estejam mortos, e luta para recuperar também os corpos. Como parte do acordo de cessar-fogo de 42 dias, 33 reféns israelenses serão libertados, em troca de 1,5 mil prisioneiros palestinos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com Agência Estado)

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