A primeira-ministra planejou visitas a Berlim, Paris e Bruxelas, esta última para se reunir com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte. Sua viagem ocorre enquanto o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que não descarta o uso de força militar para tomar o controle da Groenlândia, um território autônomo pertencente à Dinamarca, membro da Otan e da União Europeia.
Na segunda-feira, 27, à noite, o governo de Mette Frederiksen anunciou um acordo de cerca de US$ 2 bilhões com partes que incluíam os governos da Groenlândia e das Ilhas Faroé, para "melhorar as capacidades de vigilância e manter a soberania na região". Essas melhorias incluirão três novos navios de guerra árticos, dois drones adicionais de vigilância de longo alcance e capacidade de satélite, informou o Ministério da Defesa em Copenhague.
Frederiksen não mencionou diretamente a ameaça de Trump em seus comentários durante uma reunião com o chanceler alemão Olaf Scholz, mas disse que "estamos enfrentando uma realidade mais incerta, uma realidade que exige uma Europa ainda mais unida e mais cooperação". Ela apontou para as atividades russas na Ucrânia e além, e afirmou que "cabe à Europa definir o futuro do nosso continente e acho que temos que assumir mais responsabilidade pela nossa própria segurança".
Em seu anúncio sobre o Ártico e a região do Atlântico Norte, o Ministério da Defesa dinamarquês afirmou que as partes concordaram em negociar um segundo acordo na primeira metade deste ano, focado no fortalecimento da dissuasão e defesa.
"Devemos enfrentar o fato de que há desafios sérios em relação à segurança e defesa no Ártico e no Atlântico Norte", disse o ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen. "Por isso, precisamos fortalecer nossa presença na região." Seu ministério destacou que garantir que os investimentos apoiem empregos e negócios locais na Groenlândia e nas Ilhas Faroé será "um ponto focal".
Vivian Motzfeldt, ministra de Estado e Relações Exteriores da Groenlândia, afirmou estar "satisfeita com as medidas que estamos tomando para aumentar a segurança na e ao redor da Groenlândia" com o acordo.
O governo da Groenlândia insistiu que o território não está à venda, mas que está aberto à cooperação. O comunicado do Ministério da Defesa não mencionou as ambições de Trump.
(Com Agência Estado)
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