Em resposta à determinação, o porta-voz da presidência, Manuel Adorni, disse que vai recorrer da decisão. "A justiça não pode interferir na política pública", justificou. Adorni também acrescentou que os alimentos são reservados de forma preventiva para os casos de emergências e catástrofes.
Segundo críticas das organizações sociais argentinas, durante o plano de corte de gastos públicos estabelecido pelo governo de Milei, a pasta interrompeu a entrega de alimentos aos refeitórios que assistem famílias em vulnerabilidade. Além disso, o presidente também suspendeu os subsídios a milhares de pessoas por incompatibilidade para acessar o benefício e tentou limitar a influência das organizações sociais ao redirecionar a entrega de alimentos com outros intermediários, como organizações religiosas.
Atualmente, a pobreza na Argentina afeta cerca de 42% da população, o equivalente a 47 milhões de pessoas.
Em decisão separada, o juiz Sebastián Casanello também convocou o líder da organização Polo Obrero, Eduardo Belliboni, e cerca de 20 membros da organização de esquerda para uma investigação pela suposta administração fraudulenta de recursos no âmbito do Plano Potenciar Trabajo, que atribuiu tarefas de trabalho para pessoas sem recursos. As audiências perante o magistrado foram marcadas para junho.
(Com Agência Estado)
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