O Exército israelense apontou que planeja uma operação na área contra terroristas do Hamas após um lançamento de um foguete em direção ao território israelense que Tel-Aviv acredita ter vindo de Khan Yunis.
Esta é a segunda vez em uma semana que as FDI ordenam a retirada de palestinos de uma zona humanitária. Na segunda-feira, 22, após a ordem, vários bombardeios aéreos israelenses atingiram Khan Younis, matando pelo menos 70 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas.
A área faz parte de uma zona humanitária de 60 quilómetros quadrados para a qual Israel tem dito aos civis palestinos irem. Grande parte da área está repleta de acampamentos que não têm saneamento e instalações médicas, segundo a ONU e outros grupos humanitários que atuam no enclave palestino.
Histórico
A guerra em Gaza já deixou mais de 39 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que não faz distinção entre terroristas e civis em sua contagem. Em fevereiro, a ONU estimou que cerca de 17 mil crianças no enclave palestino estão agora desacompanhadas, e é provável que o número tenha aumentado desde então.
O mais recente episódio do conflito começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Este foi o pior ataque terrorista da história de Israel. Cerca de 115 reféns ainda estão em Gaza, um terço deles são considerados mortos, segundo as autoridades israelenses.
Cessar-fogo
Após nove meses de guerra, o governo israelense sofre pressão de todos os lados para fechar um acordo com o grupo terrorista Hamas para a devolução dos reféns israelenses e uma paralisação parcial dos combates.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, passou a semana nos Estados Unidos e conversou sobre esta possibilidade com o presidente americano Joe Biden e a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, na quinta-feira, 25.
Na quarta-feira, 24, o primeiro-ministro israelense discursou em uma sessão conjunta do Congresso em Washington. O discurso foi boicotado por alguns congressistas do Partido Democrata. Milhares de manifestantes se reuniram em Washington para denunciar a presença de Netanyahu no país e pedir pelo cessar-fogo.
(Com Agência Estado)
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