O presidente brasileiro disse não aceitar a vitória nem de Maduro e nem da oposição venezuelana enquanto não houver provas oficiais do resultado das eleições, realizadas no mês passado.
"A Venezuela tem um Comitê Nacional Eleitoral, em que tinha três pessoas do governo e duas da oposição. Era esse colégio que daria parecer sobre as atas. O problema é que o presidente Maduro não ouviu esse colégio, passou direto à Suprema Corte. Não estou questionando a Suprema Corte, só acho que tinha que passar pelo colégio eleitoral. Não aceito a vitória dele, nem da oposição", disse. "Estamos exigindo a prova. Ele (Maduro) tem o direito de não gostar. Eu falei que é importante convocar novas eleições".
"Maduro que arque com as consequências dos atos dele e eu arco com as consequências dos meus. Eu tenho consciência política de que tentei ajudar muito", finalizou o presidente.
Ortega
Lula também comentou sobre sua relação com Daniel Ortega, presidente da Nicarágua. Disse que ele "enveredou para outro caminho há muito tempo" e criticou a decisão recente do presidente da Nicarágua de expulsar o embaixador brasileiro no país.
"Ortega enveredou para outro caminho há muito tempo. Fui à Roma e o Papa pediu para liberar um bispo que estava preso. Eu liguei a Ortega e ele inventou 500 mil desculpas para não me atender. Então eu parei de ligar. Agora, nosso embaixador não participou do evento de comemoração da revolução sandinista. Ele então resolveu pedir para nosso embaixador sair de lá. Então mandei a embaixadora dele embora também", afirmou.
(Com Agência Estado)
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