Os houthis não reconheceram imediatamente o incêndio. Mas existe a suspeita de que o grupo rebelde atacou novamente o navio após a saída da tripulação, como parte de sua campanha contra o transporte marítimo no Mar Vermelho para se solidarizar com o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Ambos são grupos armados patrocinados pelo Irã.
O Centro de Operações Comerciais Marítimas do Reino Unido relatou os incêndios em uma nota aos marinheiros na noite de sexta-feira. "O UKMTO recebeu um relatório de que três incêndios foram observados em navios", disse o centro. "O navio parece estar à deriva."
Risco ambiental
O navio era tripulado por 25 filipinos e dois russos, além de quatro seguranças privados, que foram levados por um contratorpedeiro francês para o Djibouti, segundo a missão naval Aspides, da União Europeia no Mar Vermelho.
O Sounion tem 150 mil toneladas de petróleo bruto a bordo e representa um "risco de navegação e ambiental", alertou a missão. "É essencial que todos na área tenham cautela e se abstenham de quaisquer ações que possam levar a uma deterioração da situação atual."
Na noite de sexta-feira, os houthis divulgaram imagens de uma explosão atingindo Sounion. Uma análise quadro a quadro do vídeo conduzida pela Associated Press sugeriu que três explosões simultâneas atingiram o convés, sugerindo um ataque conduzido por explosivos plantados, em vez de um ataque com mísseis ou drones.
Ataques
Os houthis atacaram mais de 80 navios com mísseis e drones desde o início da guerra em Gaza, em outubro. O grupo também apreendeu um navio e afundou outros dois.
Um dos navios afundados, o Tutor, afundou depois que os houthis plantaram explosivos a bordo, após a saída da tripulação em um ataque anterior.
Outros mísseis e drones foram interceptados por uma coligação liderada pelos EUA no Mar Vermelho ou não conseguiram atingir seus alvos.
Os rebeldes afirmam que têm como alvo navios ligados a Israel, aos EUA ou ao Reino Unido para forçar o fim da guerra de Israel contra o grupo terrorista Hamas em Gaza. No entanto, muitos dos navios atacados têm pouca ou nenhuma ligação com o conflito. Alguns, inclusive, iriam para o Irã./com AP
(Com Agência Estado)
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