O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) apresentou denúncia contra a fazendeira Inês Gemilaki e o filho dela, o médico Bruno Gemilaki, pelos homicídios de Pilso Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo, além das tentativas de homicídio contra Enerci Lavall e José Roberto Domingos. Edson Gonçalves, cunhado de Inês, também foi denunciado pelos crimes.
O caso aconteceu na tarde de 21 de abril, no município de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá). Na ocasião, Inês e o filho invadiram a casa de Enerci, o 'Polaco', e começaram a atirar. No local, ocorria uma confraternização. Diversas pessoas conseguiram correr e se esconder em outros aposentos da casa. Depois de matar Pilso e Rui, Inês tenta atirar em Polaco, mas a arma falha.
O verdadeiro alvo da ação seria Enerci, devido a uma desavença entre a família Gemilaki e o produtor rural. Isso porque Inês alugava o imóvel onde ocorreram as mortes. Após a saída da inquilina, Erneci e a esposa, Raquel Soares, entraram com ação judicial cobrando Inês Gemilaki por uma parcela do aluguel e danos causados ao imóvel.
Apesar do imbróglio judicial ter terminado de forma favorável a Inês, a animosidade entre a família Gemilaki e Enerci Lavall teria perdurado, levando ao crime do dia 21 de abril. Edson Gonçalves acabou se envolvendo na situação porque atuou como 'piloto' de Inês e Bruno.
O Ministério Público considerou que os crimes, tanto os homicídios quanto as tentativas de homicídio, foram cometidos por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa das vítimas.
Marcos Ferreira, companheiro de Inês que ajudou o trio na fuga, não foi denunciado.
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