A Justiça concedeu liberdade provisória ao mecânico Marcio Ferreira Gonçalves, acusado injustamente de participar do duplo homicídio que levou à morte de Pilso Pererei da Cruz e Rui Luiz Bogo, em Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá). A decisão da juíza Paula Tathiana Pinheiro é desta segunda-feira (6).
Ao revogar a prisão, a magistrada reconheceu não existirem elementos que indiquem a participação de Marcio no crime. Inicialmente, a Polícia Civil o apontou como “piloto de fuga” de Inês e Bruno Gemilaki, sua esposa e enteado, responsáveis pelas mortes no dia 21 de abril. Ocorre que não foi Marcio, mas o irmão dele, Éder Gonçalves, quem prestou apoio aos Gemilaki.
Marcio também se livrou de ser denunciado por qualquer crime relacionado ao caso. De acordo com o MP, o mecânico não está apto a responder nem por ter facilitado a fuga dos criminosos, uma vez que se tratam de pessoas da mesma família.
Já Éder, Inês e Bruno seguem presos e podem responder por duplo homicídio qualificado e por tentativa de homicídio qualificado perante a Justiça.
De acordo com as investigações, o crime está ligado a uma antiga desavença entre a família Gemilaki e Enerci Lavall, produtor rural e ex-locatário de Inês. A briga entre os dois teria começado por conta da casa que a fazendeira alugava. Ela teria entregue o imóvel em condições precárias e devendo um aluguel.
O caso foi levado à Justiça e Inês saiu vitoriosa. Contudo, o estranhamento entre ela e Enerci, o ‘Polaco’, teria perdurado. No dia 21 de abril, Lavall seria o alvo da ação criminosa, mas foi salvo pois a arma de Inês falhou.
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