O capitão do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) Daniel Alves Moura e Silva se tornou instrutor do curso de salvamento aquático em julho de 2023, conforme publicação oficial. Na ocasião, segundo informações da corporação, 114 alunos soldados deram início aos cursos de formação para entrar nas fileiras do CBM em suas respectivas áreas de atuação. A relação do capitão com o curso de salvamento aquático, porém, é mais longínqua e remonta à polêmica envolvendo a tenente Izadora Ledur de Souza Dechamps, que culminou na morte de Rodrigo Claro.
Daniel Alves Moura e Silva foi arrolado pela defesa de Ledur como uma de suas testemunhas. Agora, o capitão vê a si próprio no cerne de uma outra polêmica, a morte de Lucas Veloso Perez, a segunda no curso de salvamento aquático num intervalo de oito anos.
Lucas, junto de seus outros 113 colegas, tinha expectativa de se formar em julho deste ano, quando também se casaria. A vida e o sonho de ser bombeiro foram interrompidos no dia 27 de fevereiro, quando o aluno soldado passou mal na Lagoa Trevisan e não reagiu às manobras de ressucitação.
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Relatos de testemunhas que vieram a público por meio de prints de aplicativos de mensagens dão conta de que o rapaz foi torturado durante o curso, sendo propositalmente afogado diversas vezes, mesma situação vivida por Rodrigo Claro em 2016, quando Ledur respondia pela formação. A militar, inclusive, chegou a ser punida por maus-tratos, mas não cumpriu pena em virtude da extinção da punibilidade. Ela ainda responde a processo pela conduta com relação a outro aluno, Mauricio Júnior dos Santos, que também se a fogou no curso de salvamento aquático, mas sobreviveu depois de ser internado em Unidade de Terapia Intensiva.
No caso de Lucas Veloso Perez, um inquérito militar foi aberto e está sob responsabilidade do próprio Corpo de Bombeiros, que será acompanhado pelo Ministério Público.
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