Se de fato vai conseguir figurar na elite do tênis é parte de um processo longo e nem sempre é uma "receita de bolo", mas Fonseca tem todos os ingredientes e seus números aos 18 anos superam, de longe, os de Gustavo Kuerten, maior nome do tênis masculino na história do Brasil.
João Fonseca encerra sua temporada como número 145 do ranking. Guga, no ano em que completou 18 anos, em 1994, terminou o ano como 418 do mundo pela ATP.
Àquela altura da carreira, Guga havia acumulado pouco mais de US$ 2,5 mil em premiações de torneios. Mesmo com inflação, esse número não chega nem perto dos US$ 818 mil (R$ 5 milhões pelo câmbio atual) que João Fonseca já ganhou em sua breve carreira. Só pelo título do Next Gen Finals, Fonseca faturou US$ 526 mil, cerca de R$ 3 milhões.
Na idade de Fonseca, Guga participava apenas de Futures (torneios do escalão mais baixo entre os profissionais, apenas acima dos amadores) e havia disputado só três Challengers (segundo escalão do circuito), sem qualquer experiência em competições nível ATP.
O carioca já tem um título de Challenger (em Lexington neste ano) e jogou 14 partidas nível ATP em 2024, com 7 vitórias, tendo como melhor resultado as quartas de final do ATP 500 do Rio de Janeiro. Fonseca também foi campeão do US Open juvenil em 2023, enquanto Guga nunca venceu um Grand Slam de juniores.
"Aqui (no Brasil), todo jovem que atinge coisas grandes, logo é colocado como promessa. Quero jogar o meu tênis, viver o esporte, continuar a minha rotina. Essas comparações inúteis (com os atletas que conquistaram o Next Gen), de vencer um torneio com 18 anos e alguns meses, não passam pela minha cabeça. Cada atleta tem o seu tempo", disse João Fonseca, após o título de domingo.
(Com Agência Estado)
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