Em carta divulgada no dia 8 de dezembro, o cacique Damião Paridzane expõe a história que há muito é conhecida. Nascido em Agudos, interior de São Paulo, em 1915, Batista Atoloni Ariosto da Riva foi parar no território Xavante em 1950.
Em trecho da carta consta: “Quando o povo de Marãiwatsédé morava aqui, quem apareceu primeiro foi Ariosto da Riva. Ele fez foto com o nosso povo. Ele enganou os xavantes, distribuiu nossas terras. Não pediu para o povo xavante se podia destruir a floresta. Foi ele que fez invasão de nosso território. Os mais velhos lembram, o piloto dele era o Nelson...”
|
Ele abriu uma vasta área virgem, formando fazendas e cidades, e removeu índios e posseiros pobres da região. Os povos indígenas foram retirados com a utilização da Força Aérea Brasileira (FAB) em 1961, a pedido de Ariosto da Riva.
De acordo com o sociólogo José de Souza Martins, o Departamento de Terras de Mato Grosso concedeu títulos de largas extensões de terrenos onde ficavam os xavantes e assim ele resolveu abrir a Suiá-Missú, que logo depois seria vendida para a empresa italiana Liquifarm, depois denominada Agip.
Em documentário sobre a trajetória de Ariosto da Riva a família lhe atribui qualidades como visionário e realista.
Veja o documentário: