Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,70
euro R$ 6,00
libra R$ 6,00

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,70
euro R$ 6,00
libra R$ 6,00

Economia Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2025, 19:00 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2025, 19h:00 - A | A

Sob investigação do Cade, Apple e Google defendem lojas digitais

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

A Apple e a Google saíram em defesa nesta quarta-feira, 19, do funcionamento de seus sistemas operacionais e do formato de distribuição de aplicativos em suas lojas, práticas que atualmente são investigadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As duas big techs são alvo de processos que buscam entender se a vinculação de desenvolvedores às lojas digitais, a App Store e a Play Store, ferem princípios concorrenciais. Em audiência pública promovida pelo Cade que abordou o ecossistema digital das duas companhias, Apple e Google alegaram que o modelo atual garante segurança e controle para os usuários, além de estimular a inovação entre desenvolvedores de aplicativos.

Críticos do formato, contudo, argumentaram que as big techs obrigam os desenvolvedores a distribuírem apps por meio de suas lojas, os submetendo, por exemplo, a "termos e taxas abusivos". O debate acontece enquanto o governo discute enviar um projeto de lei ao Congresso para atribuir ao Cade o papel de regulador econômico das plataformas digitais. O modelo dessa regulação é alvo de debate no mercado, que dirige ressalvas ao sistema implementado pela União Europeia, caracterizado por uma atuação mais preventiva sobre a atividade das big techs.

Diretor jurídico da Apple para a América Latina e Canadá, Pedro Pace aproveitou sua fala na audiência para criticar o Digital Markets Act (DMA), lei da UE que regula essas companhias. "Incentivamos o Cade a considerar as circunstâncias específicas do mercado brasileiro e avaliar cuidadosamente se eventuais mudanças regulatórias podem resultar em mais danos do que benefícios. O Brasil tem a oportunidade de aprender com outras experiências já postas em prática e evitar consequências negativas que já vêm se manifestando", disse Pace.

Sobre a App Store, o representante da Apple afirmou que a plataforma é "valiosa" para desenvolvedores de aplicativos. Segundo ele, a maioria acessa a loja digital sem nenhum tipo de custo. A comissão, disse, é cobrada em dois tipos de apps: os que são pagos e aqueles que vendem bens e serviços digitais dentro do próprio aplicativo. Essa segunda realidade é um dos pontos investigados pelo Cade, já que foi constatado que a Apple impõe aos desenvolvedores nestes casos a obrigação de utilizar o sistema de processamento de pagamento para compras da companhia.

Para defender o atual sistema, Pace afirmou que todos os aplicativos disponíveis na App Store passam pelo processo de revisão por especialistas. "Também é feita a verificação de malware e outras ameaças. Assim os usuários sabem que podem instalar e explorar com segurança e confiança aplicativos de desenvolvedores novos ou menos conhecidos", disse.

A representante da Google seguiu a mesma argumentação em defesa da segurança proporcionada pela Play Store, além de argumentar que os desenvolvedores de aplicativos contam com igualdade de condições no Android. "O programa de compatibilidade é crucial para desenvolvedores de aplicativos, fabricantes e, em última análise, também para os consumidores", disse a executiva da Google, Regina Chamma, responsável por liderar o Google Play na América Latina.

A desenvolvedora de jogos Epic Games, por outro lado, foi um dos participantes da audiência a criticar as big techs. Segundo o Diretor sênior de desenvolvimento de jogos na empresa, Maurício Longoni, se o aplicativo desenvolvido oferece ao consumidor a capacidade de fazer compras de bens digitais, além da obrigatoriedade em usar os sistemas de pagamento da Apple ou do Google, os desenvolvedores são submetidos "a termos e taxas arbitrários e onerosos de até 30%, ou então correm o risco de serem excluídos dos dispositivos iOS ou Android".

"O desenvolvedor deve então, com isso, decidir se repassa essas taxas extras para o consumidor na forma de preços mais altos ou se absorve as taxas e investe menos em crescimento e desenvolvimento de produtos", disse. A Zetta, que representa empresas de tecnologia com atuação no setor financeiro, também fez ressalvas ao modelo. "Nós temos uma preocupação grande decorrente do fato do iOS, o sistema operacional da Apple, ser um sistema fechado, não licenciável, em que a Apple controla integralmente o software e o hardware dos seus dispositivos. E, com isso, ela pode potencialmente limitar a concorrência e favorecer produtos e serviços próprios em detrimento do uso de terceiros", afirmou o presidente da associação, Eduardo Lopes.

(Com Agência Estado)

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM  e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão. 

 

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros