A alta da cebola em dezembro ante novembro de 2024 foi de 8,36%, para a média de R$ 2,07 o quilo. O tomate, por sua vez, avançou 18,07% na mesma base de comparação, para R$ 3,03 o quilo. A maior alta, porém, ocorreu com a cenoura, com 19,63% de reajuste positivo, para a média de R$ 2,30 o quilo.
Conforme nota da Conab, "com a transição da safra no mercado, o preço da cebola voltou a subir depois de longo período de queda". Além disso, em dezembro, o Sul do País passou a ser o principal ofertante do produto. Mesmo com a alta de preços, porém, "o quadro de preços baixos permanece", diz o boletim da Conab.
A cenoura subiu de preço por dois meses consecutivos, segundo a Conab, por causa da concentração de oferta em Minas Gerais, "pois Bahia e Goiás enviaram menores quantidades ao mercado". A Conab observa, ainda, que, para o início de
2025, a previsão de produção "parece não ser satisfatória", pois as chuvas
previstas, sobretudo no Sudeste, devem prejudicar a colheita e, consequentemente, a oferta.
No caso do tomate, após queda expressiva por excesso de oferta no segundo semestre, a restrição do produto no último mês do ano provocou a reversão da tendência, segundo o Boletim Prohort. Mesmo assim, a Conab ressalta que no segundo semestre o produtor de tomate "acumulou prejuízos", com o preço de venda ficando sempre abaixo do custo de produção.
"Para a alface, não foi observada uma tendência definida no comportamento, uma vez que o preço variou bastante dentre as Ceasas", cita. Neste caso, a maior alta foi observada em Pernambuco, com 44% de avanço nos preços em dezembro ante novembro. Em Goiás, a cotação da hortaliça caiu 20,96%, e em São Paulo, na Ceagesp, -11,66%. "É importante lembrar que em novembro a alta de preço foi significativa, registrando variação positiva na média ponderada de 43,91%", diz a Conab. "Chuvas constantes nas áreas produtoras provocaram maiores variações de oferta e preço no mercado."
Quanto à batata, após recuos de preços desde julho de 2024, em novembro o preço reagiu à menor oferta. "No entanto, em dezembro, voltou a cair, desta vez de maneira significativa", diz a Conab, em razão da maior oferta do Paraná. "A oferta em dezembro foi 21% superior à de novembro", comenta.
Frutas
Banana, maçã e melancia subiram de preço em dezembro de 2024 em comparação com novembro do mesmo ano, segundo o levantamento da Conab. Já laranja e mamão ficaram mais baratos. A banana apresentou a maior alta, com 11,1% na comparação mensal, para R$ 3,69 o quilo. Em seguida, vêm melancia, com alta de 7,07%, para R$ 2 o quilo, e maçã, com +2,45%, a R$ 9,23 o quilo. Entre as quedas, laranja liderou, com desvalorização média de 8,26% em dezembro ante novembro, para R$ 4,33 o quilo. O mamão, por sua vez, caiu 5,29%, a R$ 4,10 o quilo.
Segundo a Conab, a alta da banana só não foi maior por causa da concorrência com outras frutas da época e o menor consumo nas férias escolares, além da queda nas exportações, mesmo com a oferta menor da fruta. O boletim destaca, ainda, que "há boas perspectivas para as vendas externas de banana nanica em 2025".
A maçã subiu de preço com o término da safra 2023/24 no Brasil, embora importações aquecidas tenham servido para segurar as cotações internas, diz a Conab. "As exportações continuaram baixas, devido à quebra de safra", comenta.
O mamão também passou por restrição de oferta, cita a estatal em seu boletim. "Ocorreu queda da comercialização nas Ceasas analisadas por causa da queda da colheita de ambas as variedades de mamão (papaia e formosa), com descartes feitos pelos produtores para evitar que o preço caísse, e da queda de produção após o pico de oferta em outubro", diz a Conab. "Além disso, chuvas atrasaram a colheita e contribuíram para a menor oferta da fruta no atacado e no varejo."
Com a melancia, ocorreram oscilações das cotações e queda da comercialização, em parte por causa da demanda estagnada em alguns centros consumidores devido à presença de chuvas e queda das temperaturas, mas também em virtude do fim da oferta originária de Uruana (GO) e da não compensação do envio de melancia às Ceasas pelas principais praças produtoras do mês (São Paulo e Bahia).
A laranja, por sua vez, segundo a Conab, caiu de preço - embora estes ainda estejam em níveis elevados -, e houve maior comercialização nas Ceasas, "especialmente nas praças do Sudeste, que recebem muitas frutas do cinturão citrícola".
(Com Agência Estado)
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