Os serviços prestados às famílias recuaram 2,4% em janeiro ante dezembro, mas vinham de um período longo sem quedas, de maio a dezembro de 2024, quando acumularam um avanço de 7,0%.
"Ainda há um saldo positivo dos serviços prestados às famílias nesses últimos meses", disse Lobo, destacando a possível influência desta base de comparação elevada.
No entanto, ele confirma que pressões inflacionárias podem ter iniciado algum tipo de preocupação entre as famílias com gastos futuros, fazendo com que reduzissem o consumo em serviços supérfluos, como restaurantes, para priorizar o emprego da renda disponível em gastos essenciais.
"Tem algumas pressões inflacionárias atípicas que acontecem nesses primeiros meses do ano e tem a parte de alimentos que já vem sendo observada desde o ano passado, como café, o grupo carnes. Isso também talvez tenha trazido algum tipo de pressão e preocupação das famílias no consumo de restaurantes", disse Lobo. "Esse fator preço pode estar por trás desse movimento de queda nos serviços prestados às famílias em janeiro."
Quanto à política monetária restritiva, Lobo acredita que os juros mais altos podem afetar os serviços às famílias via compras parceladas.
"Pode ser também que compras a prazos já estejam pesando de alguma forma, e pode ser que as famílias também deem uma pisada no freio na parte do consumo nessa alimentação fora do domicílio", apontou o pesquisador, ponderando não ser possível precisar o impacto dos juros na decisão sobre o consumo de serviços.
Na média global dos serviços, houve uma queda de 0,2% em janeiro ante dezembro. O setor de transportes foi o destaque negativo, ao recuar 1,8%. Houve quedas no transporte dutoviário, aéreo, rodoviário coletivo de passageiros, ferroviário de cargas e correios. "Há perda de fôlego em Transportes", confirmou Lobo.
(Com Agência Estado)
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