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Economia Quinta-feira, 13 de Março de 2025, 11:30 - A | A

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Quinta-feira, 13 de Março de 2025, 11h:30 - A | A

Gleisi diz que ajuste no Bolsa Família busca abrir espaço fiscal a outros programas

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nesta quinta-feira, 13, que a redução proposta pelo governo de R$ 7,7 bilhões no Bolsa Família no Orçamento de 2025 não é um "corte" e sim um "ajuste" que não afetará os beneficiários. Segundo ela, a modificação precisou ser feita para que o governo tivesse espaço fiscal para outros programas, enquanto que o valor destinado ao Bolsa Família "vai se recuperando ao longo do ano". O pedido de ajuste pelo governo foi antecipado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Isso não mexe em nada com os beneficiários. Foi um ajuste que nós tivemos que fazer pra ter o espaço fiscal de alguns outros programas e aí vai recuperando ao longo do ano", respondeu Gleisi após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Na quarta-feira, 12, o Broadcast mostrou que, apesar de não incluir os gastos com o Pé-de-Meia no ajuste de despesas a ser feito no Orçamento, o Planejamento pediu que cerca de R$ 39,6 bilhões sejam remanejados na peça orçamentária.

Além dos R$ 3 bilhões necessários para garantir o aporte maior no Auxílio-Gás, o governo também pediu o acréscimo de cerca de R$ 7,8 bilhões para a rubrica de "Benefícios Previdenciários" do Fundo do Regime Geral de Previdência Social, por exemplo. Também solicitou que o Congresso acrescente R$ 3 bilhões na rubrica "Apoio Financeiro Reembolsável mediante Financiamento e outros Instrumentos Financeiros para Projetos de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima" do Fundo Social.

Para acomodar essas novas despesas, o governo então pleiteou a redução de vários outros gastos. Por isso sugeriu que fossem reduzidos cerca de R$ 7,7 bilhões que seriam gastos na rubrica "Transferência Direta e Condicionada de Renda às Famílias Beneficiárias do Programa Bolsa Família" do Ministério do Desenvolvimento Social.

Outros R$ 7 bilhões em ações do Ministério da Educação, como "concessão de bolsas de apoio à educação básica", "Apoio à implantação de escolas em tempo integral" e "apoio à infraestrutura para educação básica" também foram reduzidos, mas o Planejamento pediu que cerca de R$ 3 bilhões fossem repostos em alguns investimentos nas mesmas áreas.

(Com Agência Estado)

 

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