"Desde meados de janeiro, estamos vendo um conjunto de dados que começa a indicar que a atividade econômica do Brasil está desacelerando um pouco antes do que os economistas esperavam. Ainda é um processo lento, mas se isso realmente acontecer e houver certa dificuldade de repasse de preços, podemos ver no horizonte que o Banco Central olha inversão de expectativas para a inflação futura e a Selic talvez não precise chegar ao nível de 15,5% ou 16%", afirmou Araújo, em entrevista ao Broadcast Investimentos durante o Smart Summit, evento realizado pela InvestSmart e pela AZ Quest, e que ocorre hoje no Rio de Janeiro.
Segundo a estrategista, também houve uma acomodação do câmbio, o que contribui para o processo de revisão para baixo dos índices de inflação, mas o cenário "ainda está incipiente". "Talvez possamos ver esse processo se consolidando no segundo semestre, sem precisar chegar a uma taxa básica de juros tão elevada", diz Araújo, destacando que isso é um bom quadro para os ativos de risco.
"Ainda é prematuro rever os portfólios. A Selic deve chegar a 14,25% na próxima reunião e o Banco Central não para de forma abrupta, veremos algum resíduo de aumento dos juros. Se virmos que esse movimento de desaceleração começa a fazer efeito na economia, podemos visualizar que o BC não precise ir tão longe. Mas hoje, mudar a estratégia, ainda não. O investidor precisa estar atento", afirma Araújo.
A estrategista diz que a renda fixa segue atraente, com o atual nível de Selic remunerando bem, e olha para os vencimentos mais curtos, com liquidez, que possibilitem movimentações para a busca de oportunidades no caso de mudança de percepção.
*A repórter viajou a convite da InvestSmart
(Com Agência Estado)
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