"Estamos cautelosos sobre declarar vitória contra a inflação, mas balança de riscos claramente mudou. Queremos manter o mercado de trabalho forte", afirmou Kashkari. "Estive no lado mais hawkish do comitê nos últimos anos e ainda vejo a política monetária restritiva, mesmo com o corte de 50 pontos-base", pontuou, citando seu artigo divulgado nesta manhã, antes da entrevista.
O dirigente afirmou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) espera alcançar o pouso suave cumprindo ambos os mandatos e que cortes maiores do que os previstos atualmente só devem acontecer se os dados exigirem. De acordo com ele, o Fed gostaria de eventualmente retornar os juros para o nível neutro, mas os dirigentes ainda não sabem "exatamente" qual seria este nível.
De todo modo, a visão sobre a necessidade de reduzir o nível de restrição dos juros foi "unânime", segundo Kashkari. "Apesar das divergências sobre o tamanho da redução, ninguém no FOMC considerou a manutenção dos juros, nem mesmo Bowman", afirmou, em referência a diretora do BC norte-americano, Michelle Bowman, a única a votar por um corte menor, de 25 pontos-base.
(Com Agência Estado)
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