Conforme revelou o Estadão, a Previ, que administra um patrimônio de mais de R$ 270 bilhões, flexibilizou os critérios para a seleção de conselheiros das empresas em que investe.
Desde o ano passado, os editais deixaram de dar vantagem a pessoas com formação em áreas específicas, como economia, direito e administração. Também equiparou experiências no comando de sindicatos e associações a passagens por cargos de alta gestão em empresas.
O fundo diz que mudanças seguem tendência de mercado e visam aumentar participação de grupos "historicamente subrepresentados".
Também afirma que sindicalistas indicados atestaram capacidade técnica e já haviam ocupados cargos em conselhos de empresas e na Previ.
Sobre a auditoria do TCU em relação à gestão da Previ, Fukunaga diz ser um "movimento orquestrado".
Tais mudanças culminaram na nomeação de sindicalistas para algumas das maiores empresas do País, como Vale, Gerdau e Neonergia. Soma-se a isso uma auditoria em curso no tribunal de Contas da União que apura os motivos da perda de R$ 17,5 bilhões no Plano 1 da Previ, que contempla os participantes mais antigos, na sua maioria já aposentados, e que está em fase de desembolso para o pagamento de aposentadorias.
Associados da Previ receberam uma carta nos últimos dias em que a gestão da entidade rechaça a possibilidade de interrupção dos pagamentos ou de contribuições extraordinárias para amenizar os prejuízos. A entidade tem um histórico de nunca ter feito cobranças adicionais a seus mantenedores, o que a diferencia de outros fundos de pensão, como a Petros, e a Funcef, ligadas à Petrobrás e Caixa, respectivamente.
O documento ainda diz que a Previ foi alvo de "uma campanha de desinformação sem precedentes", que teria sido iniciada após o ministro do TCU Walton Alencar citar uma perda de R$ 14 bilhões no fundo e expressar "gravíssimas preocupações" com a situação financeira da entidade.
(Com Agência Estado)
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