"Fiz reunião com empresas de rating em Nova York, aquelas empresas que medem o crescimento da nossa economia. Não é habitual um presidente da República se reunir com empresas de rating, mas eu tinha curiosidade de saber o seguinte: qual é o critério que elas adotam para avaliar o Brasil? Com quem elas conversam?", contou o petista, em reunião nesta quinta-feira, 26, no Palácio do Planalto. Participaram do encontro de hoje a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, e os governadores Elmano de Freitas (Ceará) e Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul). O áudio foi disponibilizado depois da agenda pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da presidência.
Lula contou que pediu que as agências de risco contassem com quem conversam para avaliar o Brasil: "Se vão na Faria Lima apenas, se leem editoriais dos jornais, se vão ao Banco Central", disse. "Porque eu nunca fui perguntado por ninguém sobre o Brasil, nem em pesquisa eleitoral, muito menos em pesquisa de avaliação político-econômica do Brasil."
O chefe do Executivo, então, disse que as agências de risco "têm que prestar atenção" que o governo está entregando promessas que fizeram desde o início da gestão, como o arcabouço e a reforma tributária. "Não é uma coisa de agora", afirmou.
"As coisas estão desenhadas e nós agora estamos vendo a economia surpreender não a mim, mas os famosos analistas, alguns muito pessimistas de que o Brasil ia crescer apenas 0,8% no primeiro ano, surpreendemos crescendo 3%, e agora diziam que a gente ia crescer 1,5%. Estou fazendo uma aposta de que vamos chegar a 3,5%", comentou.
Lula voltou a destacar que é importante o dinheiro circular para a economia do País crescer. "Aqui, a gente aprendeu que a gente não gasta o que não tem. Se a gente tiver que fazer uma dívida, tem que ser de algum ativo novo que possa nos dar lucro e aumentar o nosso patrimônio", declarou.
Na fala, o petista disse que quer que os bancos sejam os "principais incentivadores" para o crescimento econômico. "Com muito crédito, não para indústria apenas, mas para prefeituras e governo de Estado para que as obras aconteçam", citou.
(Com Agência Estado)
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