A estimativa foi calculada pelo Estadão/Broadcast com base nas medianas para a inflação trimestral. Tudo mais constante, ela indica que a trajetória da taxa Selic embutida no Focus não é suficiente para fazer o IPCA convergir para dentro da banda de tolerância da meta de inflação. Muito menos para o centro do alvo, de 3%.
As medianas do sistema indicam que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai honrar o forward guidance e aumentar a taxa Selic em 1 ponto porcentual na sua próxima decisão, do dia 19, de 13,25% para 14,25%. Depois, sugerem altas de 0,50 e 0,25 ponto nas duas reuniões seguintes, de maio e junho, para 14,75% e 15,0%. Os juros permaneceriam neste nível até o fim do ano.
Na última quinta-feira, 6, economistas do mercado avaliaram, em uma reunião com diretores do BC, que o governo provavelmente vai lançar novas medidas para estimular a economia, diante da queda da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Essas ações, na contramão do aperto monetário, podem tornar a inflação mais resistente, segundo os analistas.
O diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, afirmou na sexta-feira. 7. que a autoridade monetária monitora o repasse cambial para o IPCA e o ritmo da atividade. Ele lembrou que o cenário básico do comitê leva em conta uma desaceleração gradual da economia, que é necessária para permitir a convergência da inflação para a meta, e repetiu que a desancoragem das expectativas incomoda todos os membros do Copom.
(Com Agência Estado)
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