Segundo o IBGE, uma sequência de três quedas consecutivas não ocorria desde o período de fevereiro a abril de 2021.
As perdas de outubro (-0,2%), novembro (-0,7%) e dezembro de 2024 (-0,3%) eliminaram assim o ganho de 1,0% visto nos meses de agosto e setembro.
"Claramente, os três últimos meses de 2024 têm comportamento de menor intensidade", disse André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.
Segundo ele, a perda de dinamismo da indústria na reta final de 2024 tem relação com a redução nos níveis de confiança das famílias e dos empresários, sob impacto do atual ciclo de aperto na política monetária, que tem elevado a taxa básica de juros.
Há influência negativa também da desvalorização do real ante o dólar e da aceleração da inflação, especialmente a de alimentos, enumerou Macedo. "Esse contexto ajuda a entender essa perda de intensidade que o setor industrial mostra nos últimos meses de 2024", afirmou.
O pesquisador pondera que o efeito da política monetária mais restritiva "não se dá de modo direto" e imediato sobre a cadeia produtiva, mas ocorreu, sim, afetando os níveis de confiança, além de influenciar as decisões de investimentos, de produção e de consumo.
(Com Agência Estado)
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