Os petroleiros estão em campanha para eleição dos conselhos Deliberativo e Fiscal da Petros, que ocorrerá entre os dias 29 de setembro e 9 de outubro. O Conselho Deliberativo, órgão máximo da Petros, é responsável pela aprovação da política geral de administração da Fundação e de seus planos. A Fup e a FNP se uniram no pleito, em defesa das aposentadorias, com a chapa "Unidos pelo Futuro da Petros".
Segundo a Fup, os programas de equacionamento de déficit penalizam os trabalhadores e aposentados, e é de responsabilidade da estatal quitar a dívida.
"A Petrobras tem de pagar essa conta, que é dela. Os aposentados não suportam mais. Tá na hora de resolver. A categoria espera que a direção da Petrobras tome uma decisão política, econômica e financeira que liberte todos nós dessa cobrança absurda e injusta", disse em nota o diretor do Sindipetro-Bahia, Radiovaldo Costa.
Segundo o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, o foco central do ato realizado hoje, e que reuniu petroleiros de todas as regiões do País, foi pressionar a Petrobras para que a estatal continue as mudanças no conselho deliberativo da Petros.
"Ainda tem pessoas indicadas que estão no conselho e não ajudam no processo de negociação com entidades sindicais a respeito do déficit da Petros. É necessária essa mudança para que a Petrobras, que deve à Fundação em torno de R$ 20 bilhões, possa sanar esse déficit a partir de um grande acordo que precisa ser feito, principalmente com a FUP, que tem uma ação judicial desde 2001", explicou o sindicalista.
Este foi o segundo ato nacional dos petroleiros, este ano, em defesa dos participantes da Petros. A categoria defende mudanças na gestão da Petros, e reivindica que a diretoria da Fundação seja 50% eleita pelos trabalhadores, a fim de que tenham gestão sobre o que é feito no fundo de pensão, que é o segundo maior do País. Atualmente, a gestão é formada apenas por indicação.
O coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Tezeu Bezerra, criticou a gestão de Jair Bolsonaro. "Esse ato é um chute final que os petroleiros querem dar na gestão bolsonarista que ainda insiste em permanecer na Petrobras. Estamos aqui para dar um basta nisso e lembrar que ainda tem bolsonarista tentando se eleger no Conselho da Petros", afirmou.
(Com Agência Estado)
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