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Economia Segunda-feira, 03 de Fevereiro de 2025, 18:15 - A | A

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Segunda-feira, 03 de Fevereiro de 2025, 18h:15 - A | A

Dólar cai pelo 11º pregão seguido com adiamento de tarifas dos EUA ao México

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Após ter recuado 5,56% em janeiro, o dólar abriu fevereiro em baixa moderada e esboçou, ao longo da tarde, romper o piso de R$ 5,81 nas mínimas da sessão. Uma vez mais, as negociações no mercado de câmbio foram guiadas pelo vaivém do noticiário em torno das tarifas de importação da nova administração Donald Trump a parceiros comerciais dos EUA.

Pela manhã, o dólar ensaiou uma alta firme por aqui e correu até a máxima de R$ 5,9053, em sintonia com o avanço da moeda americana no exterior, em especial em relação a divisas latino-americanas, após o governo dos EUA confirmar no fim de semana imposição de tarifas ao México (25%), Canadá (25%) e China (10%), com vigor a partir desta terça-feira, 4.

No início da tarde, o real ganhou força e passou a se apreciar, alinhado ao comportamento do peso mexicano, diante da informação de que a imposição de tarifas ao México seria suspensa por um mês. O adiamento foi anunciado em um primeiro momento pela presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, em mensagem pela rede social X (ex-Twitter), e confirmada logo em seguida pelo próprio Trump.

Com mínima a R$ 5,8125, o dólar à vista terminou a sessão em queda de 0,35%, a R$ 5,8160 - ainda nos menores valores desde fins de novembro. Foi a 11º primeiro pregão consecutivo de baixa da moeda americana, que passa a apresentar desvalorização de 5,89% em 2025.

"Vimos um comportamento bem volátil no mercado de câmbio hoje. No começo do dia teve um movimento de aversão ao risco por conta da imposição de tarifas pelos EUA. Mas o real continua se beneficiando de ingresso de fluxo por conta da nossa taxa de juros elevada e se destacou entre emergentes", afirma a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli.

Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY chegou a se aproximar dos 110,000 pontos pela manhã, com máxima aos 109,881 pontos, mas desacelerou o ritmo de alta e rondava, no fim da tarde, no limiar dos 109,000 pontos.

O dólar subiu na comparação com a maioria das divisas de países emergentes e de exportadores de commodities, incluindo o dólar canadense, mas caiu em relação a moedas latino-americanas, com baixa superior a 1% frente o peso mexicano e o peso colombiano.

O head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, destaca que, após ter se descolado de seus pares em dezembro, no auge da crise de confiança na política fiscal e das remessas de recursos ao exterior, o real voltou apresentar correção positiva com outras moedas emergentes.

"Em dezembro, essa correlação foi baixa. Essa volta agora significa que a moeda encontrou o seu equilíbrio nesses níveis de preço, no curto prazo, e agora anda junto com a oscilação da moeda americana frente a outras divisas emergentes", afirma Weigt, ressaltando que a informação de Sheinbaum sobre adiamento das tarifas abriu espaço para apreciação das moedas latino-americanas à tarde.

A percepção entre analistas é que Trump utiliza a ameaça de imposição de tarifas como arma de negociação para conseguir condições comerciais mais vantajosas aos EUA. Após abrir conversa com o México, Trump ameaçou elevar tarifas "substancialmente" a produtos chineses se Pequim não fechar acordo com Washington ou interromper o fluxo de fentanil aos EUA. O republicano disse que espera ter uma conversa com os chineses nas próximas 24 horas.

Há temores de que a política econômica de Trump provoque soluços inflacionários e limite o espaço para mais alívio monetário nos EUA. Dirigentes do Federal Reserve ecoaram hoje a fala do presidente da instituição, Jerome Powell, em entrevista na quarta-feira passada, 29, após o BC americano interromper o processo de queda de juros, mantendo a taxa básica na faixa entre 4,25% e 4,50%.

Presidente do Fed de Boston, Susan Colins defendeu política monetária "paciente" e "cuidadosa" diante das incertezas em torno ao impacto da ofensiva comercial de Trump sobre atividade e inflação. O BC americano pode até voltar a cortar juros, "mas não há urgência para fazer ajustes", argumentou.

Já o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, repetiu análise de Powell ao dizer que a taxa neutra de juros é inferior ao nível atual, ou seja, há espaço para mais alívio monetário dependendo do comportamento da inflação. Ele alertou, porém, que é difícil incorporar as tarifas de importação de Trump aos cenários do Fed.

(Com Agência Estado)

 

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